Ônibus queimado durante uma manifestação: Larissa foi morta depois de uma perseguição que começou à 1h do domingo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 09h51.
São Paulo - A morte da adolescente Larissa Leite da Silva, de 17 anos – atingida por uma bala perdida durante um tiroteio entre policiais e suspeitos de assaltos na madrugada de domingo (9) – revoltou moradores da zona oeste da capital. Um ônibus foi incendiado e ficou totalmente destruído.
Segundo a Polícia Militar, na mesma avenida onde a garota foi morta, dois veículos foram queimados na noite de ontem, por volta das 22h.
Homens de moto incendiaram os carros, estacionados na Avenida Nossa Senhora da Assunção, próximo ao número 720.
A PM, porém, não confirma que a razão do crime tenha sido protesto pela morte da adolescente. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial (Ceasa).
Larissa foi morta depois de uma perseguição que começou à 1h do domingo, na Avenida Engenheiro Heitor Antônio Eiras Garcia, no Jardim São Jorge.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, um policial civil viu dois homens em uma moto sem placa, assaltando quatro pessoas. O policial disse que seguiu os dois até a Avenida Nossa Senhora da Assunção, onde deu a voz de prisão.
O homem que estava na garupa atirou no policial, que revidou, acertando o criminoso que pilotava a moto.
Ele foi socorrido pelo Samu e levado ao Hospital das Clínicas. O outro homem fugiu.
Segundo informações, o policial não percebeu, durante o tiroteio, que a adolescente foi atingida.
Ela foi socorrida por moradores e encaminhada ao Hospital Universitário, onde morreu. Junto com o criminoso detido foram encontrados os objetos roubados (carteiras, documentos e celulares).
Duas vítimas dos assaltos reconheceram a moto usada nos crimes, que foi apreendida e encaminhada para perícia. A arma usada pelo policial também vai ser periciada.
Já a arma dos criminosos não foi encontrada.
Ainda no domingo (9), a poucos quarteirões de onde Larissa foi morta, na Rua Miguel Damiani, 15 pessoas atacaram um ônibus, por volta das 17h30.
O grupo obrigou os passageiros a descer e ateou fogo no coletivo.
Ninguém ficou ferido e não houve detidos. Segundo a Secretaria de Segurança, o incêndio tem relação com a morte da adolescente.