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Protesto no Brasil; Conversas na China…

A diretriz chinesa O presidente chinês, Xi Jinping, aproveitou o primeiro dia do encontro G-20 para fazer um apelo para os líderes de Estados Unidos, Alemanha e outras grandes economias para resistir à pressão de criar novas barreiras ao comércio. O foco chinês no comércio surpreendeu, já que o próprio país, sede do encontro, enfrenta […]

ENCONTRO DOS BRICS NA CHINA: Michel Temer, Nahendra Modi (Índia), Xi Jinping (China, organizador do encontro), Vladimir Putin (Rússia) e Jacob Zuma (África do Sul)  / Wang Zhao/Pool/ Reuters

ENCONTRO DOS BRICS NA CHINA: Michel Temer, Nahendra Modi (Índia), Xi Jinping (China, organizador do encontro), Vladimir Putin (Rússia) e Jacob Zuma (África do Sul) / Wang Zhao/Pool/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2016 às 22h22.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h46.

A diretriz chinesa

O presidente chinês, Xi Jinping, aproveitou o primeiro dia do encontro G-20 para fazer um apelo para os líderes de Estados Unidos, Alemanha e outras grandes economias para resistir à pressão de criar novas barreiras ao comércio. O foco chinês no comércio surpreendeu, já que o próprio país, sede do encontro, enfrenta crescentes reclamações por sua política de inundar o mundo com aço barato. Xi Jinping pediu ainda por mais cooperação em impostos, em políticas anti-corrupção e em quaisquer políticas que melhorar a resistência global a crises. O brasileiro Roberto Azevedo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio fez coro aos chineses e disse que ir contra do comércio é ir contra crescimento.

É hora de crescer

A desaceleração do crescimento mundial é o principal tema do encontro – a última previsão da Organização Mundial do Comércio é um avanço de 2,8% em 2016, o quinto seguido abaixo dos 3%. Outros temas na mesa são políticas inclusivas para setores da população que foram deixados de lado no processo de globalização. Críticas à multa aplicada pela União Europeia à Apple e novas políticas fiscais, a onda separatista que pode advir do Brexit, e também clima também vêm sendo discutidos no evento.

Relação no divã
O presidente Michel Temer afirmou neste domingo, na China, que discute freqüentemente sua relação com os partidos da base aliada. Foi uma resposta à entrevista de Aécio Neves, presidente do PSDB, ao jornal O Globo, em que afirmou que Temer precisa conversar com os tucanos sobre reformas. Questionado sobre a discussão do reajuste de salários do Judiciário, Temer disse que iria esperar a posição do Senado. Ontem, Temer ainda se encontrou com os demais países dos BRICs, numa reunião organizada por Xi Jinping, e afirmou que vai colocar em prática uma “ambiciosa agenda de reformas estruturais”.

Guerra em pauta

Ainda em Xangai, o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente turco, Recep Erdogan, discutiram a guerra da Síria e os laços entre os dois países. Na Síria, cada país apoia um lado no conflito. Na diplomacia, os dois países viveram sete meses depois que a Turquia derrubou um caça russo em sua fronteira com a Síria em novembro. O presidente americano, Barack Obama, afirmou que está perto de um acordo com a Rússia sobre um cessar fogo. A guerra já matou 250.ooo pessoas e desalojou 11 milhões.

Protestos pelo Brasil 

O domingo foi de protestos contra o presidente Michel Temer. O principal deles foi em São Paulo, que recebeu a maior manifestação desde o impeachment. Segundo os manifestantes, foram mais de 100.000 pessoas – a Polícia Militar não divulgou estimativa. O ato começou na Paulista e terminou no Largo da Batata, com um confronto entre policiais e um grupo de manifestantes. Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e outras grandes cidades receberam manifestações.
Camargo à venda
A construtora Camargo Corrêa foi colocada à venda e está em conversas com a chinesa China Communications Construction Company (CCCC), informa o jornal Valor. Outros grupos estrangeiros, entre eles espanhóis e franceses, também estão no páreo. A construtora deu origem ao grupo e é um dos principais alvos da Lava-Jato. Foi a primeira empreiteira a fechar um acordo de leniência com o Ministério Público, pelo qual se comprometeu a devolver 700 milhões de reais aos cofres públicos.
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