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Protestos não devem terminar no Largo da Batata, diz Alckmin

O bairro de Pinheiros foi palco de conflito envolvendo a Polícia Militar e participantes de uma manifestação contra o governo Temer

Manifestantes realizam ato contra o governo Temer em São Paulo. Na foto, manifestantes sobem a avenida Brigadeiro Luis Antonio (Paulo Pinto/ AGPT/Fotos Públicas)

Manifestantes realizam ato contra o governo Temer em São Paulo. Na foto, manifestantes sobem a avenida Brigadeiro Luis Antonio (Paulo Pinto/ AGPT/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 7 de setembro de 2016 às 14h59.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quarta-feira que a Secretaria de Segurança Pública do Estado se reuniu com deputados federais e estaduais, além de políticos, como o ex-senador Eduardo Suplicy (PT), para recomendar que as próximas manifestações não terminem no Largo da Batata.

O local no bairro de Pinheiros, na região Oeste da capital paulista, foi palco de conflito envolvendo a Polícia Militar e participantes de uma manifestação contra o governo Temer no domingo, dia 4.

Segundo o governador, por ter apenas uma estação de metrô, a alta concentração de pessoas num único local dificulta a dispersão, levando a tumultos - diferentemente da Avenida Paulista, onde a dispersão das pessoas é diluída porque há várias estações.

Mais um protesto contra Temer e a favor de nova eleição presidencial está marcado para esta quinta-feira, 8, com previsão de começar e terminar no Largo da Batata. Porém, por conta do intervalo entre o início e o fim da manifestação, a Secretaria de Segurança Pública não crê na repetição de conflitos como o ocorrido no domingo.

Alckmin disse ainda que considera "bem-vinda" a decisão do Ministério Público Federal de acompanhar as próximas manifestações para conferir se há excessos nas ações de policiais. "Ajuda a aperfeiçoar o trabalho", comentou.

Questionado se direitos humanos foram violados nos protestos contra Temer em São Paulo, Alckmin respondeu que a polícia filma todas suas atividades para, se necessário, fazer a correção interna.

Após assistir ao desfile cívico-militar em comemoração ao dia da Independência no sambódromo de São Paulo, na zona norte, Alckmin voltou a defender a ação da polícia nos últimos protestos. O tucano reiterou que é preciso coibir atos de vandalismo.

"A Polícia Militar está sempre orientada a fortalecer a democracia e garantir a segurança das manifestações. Manifestação política é legítima, nenhum problema. Agora, é preciso coibir vandalismo, a depredação de patrimônio público e de patrimônio privado." Ele acrescentou que a polícia continua sendo orientada a garantir as manifestações e, ao mesmo tempo, a "segurança de todos".

"Nossa tarefa é fortalecer a democracia, garantir o direito de manifestação e preservar a ordem. Não se pode deixar incendiar carros de pessoas e depredar patrimônio", assinalou o governador.

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