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Protestos marcados para hoje prometem pressionar Congresso

Manifestação de hoje é considerada um "esquenta" para um grande protesto que deve ser realizado em 2016, ainda sem data marcada


	Protesto em 15 de março: manifestação deste domingo não tem pretensão de ter o tamanho das que já ocorreram
 (Beatriz Souza/ EXAME.com)

Protesto em 15 de março: manifestação deste domingo não tem pretensão de ter o tamanho das que já ocorreram (Beatriz Souza/ EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2015 às 12h51.

São Paulo - Os movimentos que organizaram os três grandes protestos de rua para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff marcaram para hoje, 13, novos atos, desta vez com o objetivo de emparedar o Congresso.

Se em abril, maio e agosto as manifestações eram a forma de pressão para que o pedido de impedimento fosse aceito, a partir do acolhimento, no dia 2, as ruas passaram a ser consideradas tanto pelo governo quanto pela oposição como o termômetro para a tramitação do processo no Parlamento.

O desafio extra para os organizadores é realizar, em um prazo de menos de duas semanas, um protesto que seja mais representativo que o ato de apoio a Dilma organizado como um contraponto aos movimentos sociais alinhados ao PT, como a CUT, MTST e UNE, que esperam levar 50 mil pessoas às ruas de São Paulo e Brasília na quarta-feira.

Pegos de surpresa com a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) após protelar por diversas vezes o acolhimento do pedido de impedimento da presidente, os organizadores dos atos pró-impeachment dizem que, em função do pouco tempo para mobilização, não têm a pretensão de achar que o ato de hoje será algo do porte que levou milhares de pessoas às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto.

Por isso, a manifestação de hoje é considerada um "esquenta" para um grande protesto que deve ser realizado em 2016, ainda sem data marcada.

Ainda assim, o feedback nestas duas semanas empolgou o empresário Rogério Chequer, porta-voz do movimento Vem Pra Rua. "Vai ser um pouco acima de um esquenta", disse ele. O empresário argumenta que, inicialmente, o plano era envolver apenas as capitais, mas houve demanda espontânea de outras cidades.

Para Renan Santos, um dos líderes do Movimento Brasil Livre, a interação nas redes é maior que nos atos anteriores.

"Conversamos com as pessoas nas ruas e tem muita gente sabendo. Vamos ver como será." Até sexta-feira à tarde, o Vem Pra Rua tinha confirmado atos em 85 municípios e o MBL, em 67. Em alguns deles, os grupos dividirão espaço entre si e com outros movimentos de menor expressão.

Em São Paulo, cinco carros de som se concentrarão próximos ao Masp, na Avenida Paulista.

O MBL vai levar balões gigantes com os rostos de Dilma, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin e dos deputados Celso Russomanno (PRB-SP) e Rogério Rosso (PSD-DF). "Estamos de olho em 2016", disse Renan Santos.

No Rio, o diretório carioca do PSDB convidou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), líder do partido no Senado, para o protesto no Posto 5, em Copacabana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Texto atualizado às 13h50.

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