Brasil

Protestos atrapalham acesso ao estádio de Forteleza

Potestos próximo ao estádio Castelão, em Fortaleza, atrapalharam a chegada dos torcedores nesta quarta-feira, mas as pessoas manifestaram apoio às reivindicações

De acordo com o Ministério do Esporte, o custo da Copa do Mundo subiu de 25,5 bilhões de reais em abril para 28 bilhões de reais atualmente (REUTERS/Jorge Silva)

De acordo com o Ministério do Esporte, o custo da Copa do Mundo subiu de 25,5 bilhões de reais em abril para 28 bilhões de reais atualmente (REUTERS/Jorge Silva)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 16h21.

Fortaleza - Os protestos ocorridos perto do estádio Castelão, em Fortaleza, atrapalharam a chegada dos torcedores para a partida entre o Brasil e México pela Copa das Confederações nesta quarta-feira, mas as pessoas manifestaram apoio às reivindicações.

Manifestantes ocuparam ruas de acesso ao estádio Castelão e entraram em confronto com a polícia, dando continuidade à onda de protestos pelo Brasil. A Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou que os manifestantes avançaram sobre uma barreira policial montada em frente ao estádio.

Os manifestantes protestavam principalmente contra os gastos do Brasil com a Copa das Confederações e o Mundial de 2014.

"A gente pegou as manifestações. Não conseguimos pegar ônibus e o táxi nos deixou no meio da rua. Tivemos que andar seis quilômetros", disse à Reuters a estudante carioca Renata Montenegro, de 24 anos.

"(As reivindicações) são justas. Poderiam ter feito antes de se gastar tanto com a Copa, mas antes tarde do que nunca", acrescentou.

De acordo com o Ministério do Esporte, o custo da Copa do Mundo subiu de 25,5 bilhões de reais em abril para 28 bilhões de reais atualmente. O valor total previsto de gasto com o Mundial é de 33 bilhões de reais até 2014.

O mexicano Marco Antonio de Torrijos, que mora nos Estados Unidos e está há 20 dias em Fortaleza para a Copa das Confederações, disse que se informou no hotel sobre as manifestações e chegou com bastante antecedência ao estádio. "Não tive problemas, mas as ruas estão lotados", declarou.

O gerente de vendas Rodrigo de Miranda Bueno viajou com a mulher e os dois filhos de Brasília a Fortaleza, e disse ter chegado ao Castelão às 9h30 --seis horas e meia antes do início da partida-- para evitar a manifestação.

"Sou contra a violência, mas sou a favor dos protestos. Foi um gasto grande com a Copa e faltam várias outras coisas no Brasil", disse.

A dona de casa cearense Adriana Fortaleza, 35 anos, admitiu ter tido "medo" de ir ao estádio, mas disse que desviou do protesto e chegou com tranquilidade ao local.

Acompanhe tudo sobre:Copa das ConfederaçõesEsportesFutebolPolítica no BrasilProtestosProtestos no Brasil

Mais de Brasil

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos