Brasil

Protesto do MPL termina com depredação em Pinheiros e detidos

A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo e ao menos duas pessoas foram detidas

Protesto: um grupo de manifestantes usou lixo para montar uma barricada e bloquear vias (Nacho Doce/Reuters)

Protesto: um grupo de manifestantes usou lixo para montar uma barricada e bloquear vias (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 22h05.

Última atualização em 17 de janeiro de 2018 às 22h05.

São Paulo - O segundo ato organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, em vigor desde o dia 7, terminou em confusão e vandalismo na região do Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, na noite desta quarta-feira, 17.

Um grupo de manifestantes usou lixo para montar uma barricada e bloquear vias. Na sequência, depredou uma agência bancária e caminhou pela Rua Paes Leme em direção ao Terminal Pinheiros. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Ao menos duas pessoas foram detidas.

Por volta das 20h50, a pista local da Marginal do Pinheiros, no sentido da Rodovia Castelo Branco, foi bloqueada na altura da Estação Pinheiros. A PM usou bombas para dispersar os manifestantes, que fugiram para dentro do bairro.

A concentração do protesto estava marcada para 17 horas na Rua Itália, nos Jardins, na zona sul, endereço da casa do prefeito João Doria (PSDB). No entanto, duas quadras da via foram bloqueadas por homens da PM e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) à tarde. Dois blindados da PM permaneceram na região da casa do prefeito, e o trânsito de moradores ocorria mediante revista pessoal.

O MPL decidiu, então, alterar o local de concentração para o cruzamento das Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Cidade Jardim e seguiu para o Largo do Batata.

Os policiais pediram que os manifestantes ocupassem apenas o canteiro central da Faria Lima, para que a via não ficasse interditada durante um horário de trânsito intenso. A recomendação, porém, não foi atendida pelo MPL.

A polícia e o movimento não divulgaram quantas pessoas participam do ato, que contou com menos manifestantes do que na semana passada - quando a PM informou haver 1 mil e o MPL, 8 mil.

No início do ato, houve um princípio de confusão entre os próprios manifestantes. Movimentos estudantis brigaram por causa da posição de bandeiras.

Protestos

Este é o segundo protesto do MPL contra o reajuste de R$ 3,80 para R$ 4 no transporte coletivo. O primeiro, realizado na quinta-feira passada, 11, acabou em tumulto no centro da capital.

A PM usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar um grupo que tentava invadir a Estação Brás da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para pular a catraca, após o término do ato.

Acompanhe tudo sobre:João Doria JúniorProtestossao-paulo

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua