Brasil

Protesto de professores termina com confrontos no Rio

O batalhão de choque dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo


	Manifestantes tentam destruir portão da Câmara de Vereadores após protesto pacífico dos professores no centro do Rio: 18 pessoas detidas foram levadas para a delegacia
 (YASUYOSHI CHIBA/AFP)

Manifestantes tentam destruir portão da Câmara de Vereadores após protesto pacífico dos professores no centro do Rio: 18 pessoas detidas foram levadas para a delegacia (YASUYOSHI CHIBA/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 07h31.

Rio de Janeiro - Um protesto em apoio aos professores que reuniu milhares de pessoas no centro do Rio de Janeiro terminou em confrontos entre a polícia e manifestantes.

Segundo o sindicato dos professores, cerca de 50 mil pessoas participaram da manifestação, mas a polícia informou 10 mil.

A manifestação começou à tarde, de forma pacífica, mas degenerou por volta das 20h, quando manifestantes enfrentaram a polícia nas ruas Evaristo da Veiga e Alcindo Guanabara, na zona da Câmara dos Vereadores.

Em pouco tempo, os confrontos se alastram por todo o centro da cidade, com grupos de manifestantes seguindo para a Lapa e para a Avenida Rio Branco, onde montaram uma barricada no cruzamento com a rua Almirante Barroso.

Grupos de jovens mascarados quebraram letreiros, vidros de lojas e agências bancárias, e um ônibus coletivo foi incendiado na rua Santa Luzia.

Por volta das 21h, o batalhão de choque dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.

Segundo a imprensa local, 18 pessoas detidas foram levadas para a delegacia.

"Sem a polícia não há violência, mas quando estão, sempre há", disse à AFP Hugo Cryois, um 'Black Bloc' de 23 anos com o rosto coberto por um pano preto e carregando um escudo de plástico com um 'A' (anarquista) branco. "Estou preparado, não se pode confiar".

Durante o protesto pacífico, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes diante da Câmara Municipal, na Cinelândia.

A greve dos professores municipais começou há 53 dias para rejeitar o plano de cargos e salários proposto pela prefeitura, que segundo o sindicato beneficia apenas 7% dos educadores, exatamente os que trabalham 40 horas semanais na mesma escola.

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