Sala de aula: maio é mês data base aos profissionais da educação, diz presidente do Simpeem (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 18h42.
São Paulo - Os professores municipais em greve há quase um mês já estão na frente da Prefeitura de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, e aguardam negociação com alguma autoridade.
Uma professora que não quis se identificar disse que as reivindicações da categorias são por mais segurança nas escolas, inclusão de alunos especiais, melhor infraestrutura e reajuste salarial.
"Na escola onde eu trabalho, por exemplo, não existe mais o porteiro. Quem fica na portaria é um profissional que tem outra função e se desloca para ficar lá", disse.
Para ela, os alunos com necessidades especiais tem de estar incluídos no sistema regular de ensino, mas o professor precisa de apoio porque as salas estão lotadas e um só profissional não consegue dar atenção necessária.
Os professores municipais começaram a se concentrar no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, no início da tarde desta terça-feira, 20.
Depois os professores desceram pela Rua da Consolação em direção à Prefeitura. Eles protestam contra a proposta da Prefeitura de abono de 15,38% no piso salarial.
Segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Simpeem), Claudio Fonseca, os professores querem que essa porcentagem seja incorporada ao salário de todos os professores, inclusive os aposentados.
"A proposta da Prefeitura de abono contempla apenas 16 mil de um total de 94 mil profissionais. O governo respondeu apenas a três demandas de 205 enviadas pelos professores ao governo", diz.
Fonseca lembrou que maio é o mês data base para os profissionais da educação.
"Data em que se espera que o reajuste não fique abaixo da inflação do período", afirma.
"O governo disse que vai incorporar os 15,38% apenas no ano que vem e não explica em quantas vezes. Queremos que a incorporação ocorra ainda neste ano."
Ele disse ainda que as demandas dos professores e demais profissionais da educação não se referem apenas ao reajuste educacional.
"Queremos melhores condições de trabalho, número adequado de alunos por professor (e não superlotação de turmas), condições estruturais nas escolas, segurança no trabalho, professores auxiliares para alunos com deficiência."