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Protesto de caminhoneiros complica o trânsito na Via Dutra

Dezenas de caminhoneiros estacionaram seus veículos nas quatro pistas da rodovia, na altura do quilômetro 276, próximo à cidade de Barra Mansa (RJ)

Via Dutra: rodovia tem trânsito paralisado por protesto de caminhoneiros (Bia Parreiras/EXAME)

Via Dutra: rodovia tem trânsito paralisado por protesto de caminhoneiros (Bia Parreiras/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 17h47.

Rio de Janeiro - Um protesto de caminhoneiros contra a nova lei que regula os horários de trabalho da classe paralisou a Via Dutra nesta segunda-feira, causando um grande congestionamento.

Dezenas de caminhoneiros estacionaram seus veículos nas quatro pistas da Dutra, na altura do quilômetro 276, próximo à cidade de Barra Mansa, no estado do Rio de Janeiro, provocando grandes engarrafamentos em ambos os sentidos da estrada, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

O protesto começou na noite do domingo, mas não paralisou todo o trânsito porque os próprios caminhoneiros liberavam a passagem em alguns momentos.

Na manhã desta segunda-feira, no entanto, a rodovia já apresentava um congestionamento de 15 quilômetros na direção do Rio de Janeiro e de sete quilômetros na direção de São Paulo, segundo dados da Nova Dutra, concessionária que administra a estrada.

Os caminhoneiros vêm promovendo manifestações em diferentes vias do país desde quarta-feira contra uma lei que entrou em vigor nesta segunda que regula os horários dos motoristas de veículos de carga e de passageiros nas estradas.


Os protestos, sem apoio dos sindicatos, são liderados pelo chamado Movimento União Brasil Caminhoneiro, que pede o adiamento da lei por, pelo menos, um ano.

Segundo o coordenador do Movimento, Nelio Botelho, a lei reduz os rendimentos dos caminhoneiros.

Botelho ainda alega que as estradas do país não têm estrutura suficiente para que o caminhoneiro possa parar o veículo e descansar por meia hora a cada quatro horas, como exige a nova legislação.

A Lei Federal 12.619 obriga ainda o trabalhador a ter descanso de 11 horas entre duas jornadas de trabalho e uma hora por dia de parada para almoço.

Segundo o governo, as medidas têm como objetivo evitar que os caminhoneiros trabalhem por várias horas seguidas sem descanso a fim de reduzir o número de acidentes nas estradas.

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