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Protesto contra Mais Médicos fecha parte da Avenida Paulista

Entre as medidas do Programa Mais Médicos criticadas pelos manifestantes estão a criação do segundo ciclo do curso de medicina

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 19h04.

São Paulo – Médicos que participam de manifestação na região central da cidade fecharam a Avenida Paulista, no sentido Rua da Consolação. Eles protestam contra o Programa Mais Médicos, lançado na semana passada pelo governo federal.

Antes de chegarem à Paulista, os médicos fecharam a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio. Os manifestantes saíram do início da Rua da Consolação, onde fica a sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), entidade que convocou o ato.

Inicialmente, os organizadores da marcha pretendiam encerram o ato no Largo São Francisco. Mas, durante o trajeto, a maior parte dos manifestantes preferiu seguir em direção à Avenida Paulista. A direção do Cremesp queria evitar o bloqueio da Paulista porque muito hospitais ficam na região.

Entre as medidas do Programa Mais Médicos criticadas pelos manifestantes estão a criação do segundo ciclo do curso de medicina. Os alunos que entrarem no curso a partir de 2015 terão que atuar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o diploma. Outra ação prevista no programa é a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar na rede pública nas periferias das cidades e no interior do país.

O presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, criticou o programa e disse que o problema do SUS é a falta de investimentos. “A falta de médicos é uma consequência do descaso do governo federal. É preciso acabar com a corrupção na saúde”, disse, ao acrescentar que os médicos não têm interesse na carreira pública devido à falta de condições de trabalho oferecida nos hospitais.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a criação do segundo ciclo do curso de medicina vai ajudar os médicos formados no Brasil a ter uma visão mais humanista e a não depender tanto de "máquinas e equipamentos" para atender aos pacientes. Segundo ele, os médicos estrangeiros não vão tirar empregos dos brasileiros.

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