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Protesto contra gastos da Copa espalha bolas em Copacabana

Bolas de futebol gigantes estampadas com uma cruz vermelha foram exibidas na praia de Copacabana, em ato contra os gastos do governo na Copa

Bolas de futebol gigantes em Copacabana, em protesto contra os gastos da Copa (Sergio Moraes/Reuters)

Bolas de futebol gigantes em Copacabana, em protesto contra os gastos da Copa (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 13h54.

Rio de Janeiro - Doze bolas de futebol gigantes estampadas com uma cruz vermelha, simbolizando as sedes da Copa do Mundo, foram exibidas nesta terça-feira na praia de Copacabana em um colorido ato de protesto contra os elevados gastos do governo no evento esportivo.

As bolas, cada uma com dois metros de diâmetro, foram fixadas na areia da praia, ao redor de uma improvisada construção de madeira simbolizando um barraco e localizadas em frente ao Copacabana Palace.

"Um Mundial em um país de miséria financiado com dinheiro público é um problema moral", dizia o letreiro que fixado tanto em português como em inglês.

O protesto foi idealizada pela ONG Rio da Paz, que já tinha exibido as mesmas bolas na semana passada na cêntrica Esplanada dos Ministérios, que concentra todos os edifícios do poder público em Brasília.

O protesto está dirigido não só ao governo brasileiro mas também à Fifa e aos candidatos nas eleições presidenciais de outubro, disseram à Efe porta-vozes da Rio da Paz, um grupo que se caracterizou por suas chamativas manifestações e que luta contra a violência.

Os militantes do grupo distribuíram um comunicado no qual pedem que seja feito um minuto de silêncio na partida de abertura do Mundial, na próxima quinta-feira em São Paulo, em memória dos oito operários que morreram na construção dos estádios que serão usados na competição.

Na nota, a organização exige ao governo que peça perdão por "ter investido uma fortuna de dinheiro público em uma competição esportiva", que, segundo números oficiais, custou cerca de R$ 25 bilhões ao Estado.

A ONG Rio da Paz criticou, além disso, que "o povo não tenha sido consultado" sobre a decisão de organizar o Mundial e pediu que a Fifa seja obrigada a "declarar objetivamente quanto dos lucro astronômicos que obterá ficará no Brasil".

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