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Protesto contra aumento da tarifa acaba em confronto no Rio

O tumulto começou no momento em que os organizadores já se preparavam para o fim do ato contra o aumento das passagens


	Protesto do Passe Livre contra o aumento de Tarifas em RJ
 (Flávia Villela/Agência Brasil)

Protesto do Passe Livre contra o aumento de Tarifas em RJ (Flávia Villela/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 20h58.

Rio - Manifestantes e policiais entraram em confronto em frente à estação ferroviária Central do Brasil, no centro do Rio, na noite desta sexta, 8.

O tumulto começou no momento em que os organizadores já se preparavam para o fim do ato contra o aumento das passagens de ônibus na capital fluminense.

O tumulto começou às 20h20, quando um grupo de manifestantes atirou pedras contra policiais, que revidaram com bombas de efeito moral.

Centenas de pessoas que chegavam à estação para pegar os trens suburbanos correram em desespero. Parte delas fugiu para a vizinha Avenida Presidente Vargas.

Outras correram para dentro da estação na tentativa de se proteger. Assustados, comerciantes fecharam as portas dos estabelecimentos. Durante o enfrentamento, o cheiro de gás de pimenta tomou conta do saguão da Central, intoxicando quem tentava alguma forma de proteção.

O protesto estava no final e era até então pacífico desde que cerca de 700 pessoas iniciaram, às 18h, o percurso entre a Cinelândia e a Central do Brasil, passando pela sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio e pela igreja da Candelária, tradicional ponto de concentração de manifestantes na cidade.

Convocada por entidades estudantis, de trabalhadores e da sociedade civil, a manifestação começou às 17h na Cinelândia, para reivindicar o cancelamento do aumento da tarifa de ônibus municipal no Rio, que passou de R$ 3,40 para R$ 3,80 no último dia 2.

Os manifestantes seguiram em caminhada até a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e depois partiram para a Central do Brasil, onde duas pistas da Avenida Presidente Vargas foram interditadas, complicando o trânsito no centro.

No trajeto, os manifestantes entoaram coros como "eta, eta, eta, se não baixar a tarifa a gente pula a roleta".

Um grupo de aproximadamente 20 homens vestidos com roupas pretas, usando máscaras e com bandeiras com o símbolo anarquista era o mais vigiado pelos policiais.

Apesar de o protesto ter o transporte público como tema, as reivindicações de cada grupo participante eram múltiplas, com críticas aos governos municipal, estadual e federal e aos políticos.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB) foi criticado em vários discursos. O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), embora menos citado, também recebeu críticas.

Nos discursos não houve menção à presidente Dilma Rousseff (PT) nem ao deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), alvos de muitos cartazes indignados. 

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