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Manifestantes que fazem greve de fome por Lula registram manifesto no STF

Signatários do manifesto afirmaram que greve acontecerá por tempo indeterminado e que decisão dos ministros é a condicionante para fim do movimento

Lula: ex-presidente está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em Curitiba (Victor Moriyama/Getty Images)

Lula: ex-presidente está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em Curitiba (Victor Moriyama/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 31 de julho de 2018 às 18h38.

Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 09h10.

São Paulo - Integrantes de movimentos sociais começaram nesta terça-feira uma greve de fome pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e protocolaram um manifesto no Supremo Tribunal Federal (STF) em que afirmam que seis ministros da corte e juízes que condenaram Lula em Curitiba e Porto Alegre serão responsáveis caso algo ocorra com os grevistas.

Os signatários do manifesto, que se declaram "militantes dos movimentos populares do campo e da cidade", afirmaram ainda no documento que a greve de fome acontecerá por tempo indeterminado e que a decisão dos ministros do Supremo é a condicionante para que coloquem fim ao movimento.

"Os agentes diretos pelo massacre, pela injustiça e pela destruição da Constituição têm nome e sobrenome: são os donos da Rede Globo e estão nos tribunais em Curitiba e Porto Alegre. São responsáveis pelo que acontecer com qualquer um dos grevistas de fome", afirma o manifesto.

"Apelamos aos ministros do Supremo Luiz Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Alexandre de Moraes para que respeitem a Constituição, garantam o retorno à normalidade democrática, anulem a condenação sem crime do presidente Lula, reponham o direito à presunção de inocência e o direito do povo de escolher seu presidente de forma livre e democrática. São eles também responsáveis caso algo grave aconteça aos que estão em greve de fome."

O documento se refere aos seis ministros do Supremo que votaram contra a concessão de habeas corpus a Lula em abril, tendo como base o entendimento anterior da corte que possibilitou a prisão de condenados em segunda instância.

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, litoral de São Paulo.

O petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência na eleição de outubro, deve ficar inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, que barra a candidatura de condenados por órgãos colegiados da Justiça, como é a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre, que condenou Lula em segunda instância após ele ser condenada em primeiro grau pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Lula nega ser dono do imóvel no Guarujá, assim como quaisquer irregularidades, e afirma ser alvo de uma perseguição política promovida por setores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal e da imprensa para impedi-lo de ser candidato.

O PT tem insistido na candidatura de Lula, e deve confirmá-la na convenção nacional do partido, marcada para o próximo sábado, e registrá-la na Justiça Eleitoral no dia 15 de agosto, prazo limite para registro de candidaturas.

 

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