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Proposta do PT sobre novas eleições não prevê plebiscito

A decisão foi tomada nesta sexta-feira em reunião das lideranças do partido na sede do diretório nacional, em São Paulo, com a presença do ex-presidente Lula


	PT: antes do impeachment, o presidente do PT, Rui Falcão, chegou a afirmar que não via viabilidade para a realização de novas eleições, com o argumento de que não haveria tempo
 (REUTERS/Pilar Olivares)

PT: antes do impeachment, o presidente do PT, Rui Falcão, chegou a afirmar que não via viabilidade para a realização de novas eleições, com o argumento de que não haveria tempo (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2016 às 17h40.

São Paulo - Dois dias depois de o Senado aprovar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o PT anunciou nesta sexta-feira, 2, que irá defender a realização imediata de eleições diretas no país.

A proposta do partido não prevê a convocação de um plebiscito para consultar a população.

A decisão foi tomada nesta sexta-feira em reunião das lideranças do partido na sede do diretório nacional, em São Paulo, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo parlamentares petistas que participaram da reunião, todos concordaram com esta posição.

A decisão representa uma mudança de postura do partido. Antes do impeachment, o presidente do PT, Rui Falcão, chegou a afirmar que não via viabilidade para a realização de novas eleições, com o argumento de que não haveria tempo.

Dilma, por sua vez, defendeu a realização de um plebiscito para consultar a população sobre novas eleições.

Em nota distribuída a jornalistas nesta sexta, o PT diz que a sua postura, "diante deste cenário, não poderá ser outra que não aquela enunciada pela companheira Dilma, quando anunciou a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer.

Nosso objetivo central é colocar fim ao governo do usurpador Michel Temer e conquistar o direito do povo eleger, direta e imediatamente, um novo presidente da República".

O partido alega que, se antes havia divergências internas sobre a convocação de novas eleições, "agora a situação é outra".

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