Brasil

Proposta de passe livre para policiais divide opiniões

"Se o policial entra no ônibus à paisana e mostra discretamente a carteira da corporação para o motorista os outros passageiros não vão saber", conta Morais

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 15h59.

São Paulo - O projeto de lei que prevê "passe livre" para policiais divide opiniões na própria categoria.

O principal argumento favorável é garantir maior segurança aos policiais, já que muitos evitam utilizar os ônibus fardados e acabam pagando a tarifa para ir ou voltar do trabalho.

Para o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo (Acspmesp), Wilson Morais, a iniciativa "é muito importante, porque hoje o crime organizado está matando os policiais e é muito perigoso andar fardado nos ônibus".

Ele destaca ainda que cidades como Marília e Santos já permitem aos policiais usarem o transporte público sem estarem fardados.

"Se o policial entra no ônibus à paisana e mostra discretamente a carteira da corporação para o motorista os outros passageiros não vão saber", conta Wilson Morais.

A proposta, contudo, é questionada pela Associação de Oficiais da Polícia Militar de São Paulo, que considera o benefício uma forma de "ajudar" os policiais sem atender às reivindicações salariais da categoria.

Atualmente, os policiais de São Paulo têm o oitavo pior salário do país.

Wilson Morais garante que os policiais da Acspmesp vão comparecer em peso na votação do projeto de lei, que ainda deve passar por três comissões antes de ir ao plenário da Câmara Municipal.

Acompanhe tudo sobre:ÔnibusPoliciaisTarifasTransporte públicoTransportes

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar