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Propina era registrada como custo da obra, diz Avancini

Ex-diretor da Camargo Corrêa prestou depoimento à CPI da Petrobras hoje, afirmando que o repasse às diretorias da estatal era assunto "restrito"


	CPI da Petrobras ouve o ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

CPI da Petrobras ouve o ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 18h38.

Brasília - O ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa S.A., Dalton Avancini, disse na tarde desta quarta-feira, 20, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara que o pagamento de propina era contabilizado no balanço da empreiteira como "custo da obra".

Avancini afirmou que o repasse às diretorias da estatal era assunto "restrito" dentro da empreiteira e que só alguns diretores sabiam da prática.

"Não era objeto de divulgação", ressaltou. Ele afirmou que o doleiro e empresário Alberto Youssef era o operador do PP e que este participou ativamente para realização de pagamentos para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

De acordo com Avancini, Youssef punha-se como um "facilitador" e eles se encontraram "algumas vezes".

"Você, às vezes, pedia uma agenda com o Paulo Roberto (Costa, ex-diretor de Abastecimento da petrolífera), demorava. Você falava com o Alberto Youssef e ele viabilizava. Tinha bastante poder (como facilitador junto a Costa)", afirmou.

O ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa S.A. disse que não sabia do "histórico de crimes" do doleiro e empresário. "Foi um erro brutal induzido pelas circunstâncias dos fatos", declarou.

No depoimento, Avancini também apontou o empresário Júlio Camargo como outro operador do esquema de corrupção.

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