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Propina era dada após pagamentos da Petrobras, diz Costa

Ex-diretor da estatal disse que as empresas que faziam parte do cartel de empreiteiras repassavam propina após receberem pagamentos devidos pela Petrobras


	O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa: "regra geral era só pagar depois que recebia a medição"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa: "regra geral era só pagar depois que recebia a medição" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2015 às 22h46.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse hoje (13) em depoimento à Justiça Federal que as empresas que faziam parte do cartel de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato repassavam propina após receberem os pagamentos devidos pela Petrobras. 

Costa assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), no qual se comprometeu a dizer a verdade em troca de benefícios, como  pena em regime domiciliar,

Ao responder as perguntas do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato, o ex-diretor disse que  a propina era paga de acordo com o andamento das obras e conforme as empreiteiras recebiam os repasses da estatal pelos serviços concluídos. Costa discordou dos cálculos preliminares, que davam conta de que a propina era paga de acordo com o valor total do contrato.

"A Petrobras fazia a medição [do serviço] - todo mês tinha medição de serviço. A Petrobras pagava e as empresas só pagavam [propina] para os partidos e para as outras pessoas, após receber esse valor da Petrobras. A regra geral era só pagar depois que recebia a medição", afirmou.

Costa prestou depoimento na ação penal que inclui o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, além de outros investigados na décima fase da operação, deflagrada em março.

Na denúncia, os procuradores apontaram novos desvios de recursos em contratos com a Petrobras. Desta vez, as obras investigadas foram a Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná, e a Refinaria de Paulínia, em São Paulo.

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