Brasil

Pronatec e Ciência sem Fronteiras sofrerão cortes, diz MEC

Programas de merenda e transporte escolar, além do Dinheiro Direto na Escola, serão mantidos sem cortes


	Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de formatura de alunos do Pronatec, em 2014
 (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de formatura de alunos do Pronatec, em 2014 (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 16h44.

Brasília - O Ministério da Educação (MEC) vai cortar vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e do Ciência sem Fronteiras (CsF), de acordo com nota divulgada pela pasta, mas Programas de merenda e transporte escolar, além do Dinheiro Direto na Escola (PDDE), destinado a melhorias nos centros de ensino, serão mantidos sem cortes.

O MEC informou que Pronatec, CsF "e outros, têm a sua continuidade garantida este ano, com o redimensionamento na oferta buscando otimizar o atendimento dos estados e das vagas, com ofertas que ainda serão definidas, mas que quantitativamente serão em número inferior ao do ano passado".

De acordo com a nota, o número de vagas ofertadas pelo Pronatec "será divulgado em breve". O programa foi criado em 2011 para expandir a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país.

Foi um dos carros-chefes na campanha da presidente Dilma Rousseff, quando anunciou que pretendia criar mais 12 milhões de vagas.

Um dos programas reduzidos dentro do Pronatec será o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec).

O Sisutec, que seleciona para o ensino técnico estudantes que concluíram o nível médio com base nas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já teve as inscrições adiadas mais de uma vez.

Não haverá edição no primeiro semestre, como geralmente ocorre. No ano passado, o programa ofereceu aproximadamente 580 mil vagas, somadas as duas edições.

O Ciência sem Fronteiras tem editais de graduação e pós-graduação lançados ao longo de todo o ano. O programa implementou 78.173 bolsas, de acordo com o site do programa.

No ano passado a presidente Dilma renovou o CsF e garantiu 100 mil bolsas até 2018 além das 101 mil prometidas até o final de 2014. Além dos cortes, o MEC garantiu a manutenção integral dos programas PDDE, Merenda e Transporte.

Os três, referentes à educação básica, constam na Lei Orçamentária Anual como despesa obrigatória. Para o PDDE estão previstos R$ 2,93 bilhões - no ano passado estavam previstos R$ 2,5 bilhões - para o transporte R$ 594 milhões, mesmo valor previsto no ano passado, e aproximadamente R$ 3,8 bilhões para merenda, contra R$ 3,6 bilhões no ano passado.

"Para se adequar aos ajustes, o  MEC vai priorizar atividades como a construção de creches. O Ministério também atua no sentido de garantir o os recursos de custeio necessários para garantir o funcionamento das Universidades e Institutos", diz ainda a nota.

O contingenciamento foi anunciado na semana passada. Os ministérios das Cidades, da Saúde e da Educação lideraram os cortes no Orçamento Geral da União de 2015.

Juntas, as três pastas concentraram 54,9% do contingenciamento (bloqueio) de R$ 69,946 bilhões de verbas da União. Na Educação, o contingenciamento totalizou R$ 9,423 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:Bolsas de estudoCarreira jovemEducaçãoGoverno DilmaMEC – Ministério da Educação

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar