Brasil

Promotoria acusa prefeito e mais 18 por improbidade

Políticos são acusados de fraudes em licitações da cidade, entre 2008 e 2012


	Sede da Prefeitura de Piacatu, em São Paulo: prefeito foi acusado de improbidade administrativa
 (Reprodução/site prefeitura)

Sede da Prefeitura de Piacatu, em São Paulo: prefeito foi acusado de improbidade administrativa (Reprodução/site prefeitura)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 21h43.

São Paulo - O Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito da cidade de Piacatu, Nelson Bonfim (PTB), o ex-prefeito Euclasio Garrutti (DEM), um servidor público municipal e outras 16 pessoas ligadas a empresas do Grupo Scamatti.

Todos são acusados de fraudes em licitações da cidade, entre 2008 e 2012.

De acordo com a denúncia, foram feitas 11 licitações para recapeamento de ruas, com dinheiro garantido por emendas parlamentares.

Do total, sete foram vencidas por empresas pertencentes ao Grupo Scamatti, liderado pelo empresário Olívio Scamatti, apontado como o líder do esquema.

As fraudes envolveriam parlamentares estaduais, prefeitos, empresários, membros de comissão de licitação e servidores públicos.

"A rigor, os procedimentos licitatórios buscavam tão somente aparentar uma fictícia competição, quando, na verdade, os ‘vencedores’ já estavam previamente escolhidos pela organização criminosa, que contava com a conivência dos agentes políticos", diz a ação.

O MP pede a condenação de todos os agentes públicos, empresários e empresas ao ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres municipais, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público ou dele receber benefícios.

Os promotores também pedem que sejam declarados nulos as licitações e contratos decorrentes da fraude, além da dissolução de todas as empresas envolvidas no esquema, descoberto na Operação Fratelli, em 2012.

Defesa

O prefeito de Piacatu foi procurado pela reportagem, mas a Prefeitura informou que apenas uma pessoa poderia falar sobre o assunto, e ela não estaria acessível nesta segunda-feira, 29. O Grupo Scamatti foi contatado, mas ainda não respondeu.

O ex-prefeito Euclasio Garrutti (DEM) informou que a obra investigada, relacionada a seu mandato, é de qualidade. "Eu fiz as obras, no melhor preço que tinha na época. Ela está intacta, inteira", disse. "Nós vamos agora fazer a nossa defesa, estamos tranquilos."

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMinistério PúblicoPolítica no BrasilPrefeituras

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua