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Projeto promove desfile da terceira idade na Rocinha

Objetivo do desfile foi exaltar a beleza da mulher que chegou à terceira idade, tendo e como fundo a passarela localizada em frente a Rocinha

Grupo de 30 idosos, todos frequentadores de casas de Convivência e Lazer da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, participam de desfile de moda (Tomaz Silva/ABr)

Grupo de 30 idosos, todos frequentadores de casas de Convivência e Lazer da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, participam de desfile de moda (Tomaz Silva/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 23h55.

Rio de Janeiro – Os moradores da Favela da Rocinha, comunidade pacificada na zona sul da capital fluminense, puderam hoje (9) assistir ao desfile de um grupo de mulheres e homens da terceira idade. O evento de moda ocorreu na passarela localizada em frente a Rocinha, em São Conrado. As modelos frequentam as casas de Convivência e Lazer da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida da prefeitura carioca. O objetivo do desfile foi exaltar a beleza da mulher que chegou à terceira idade, tendo e como fundo a passarela, obra projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que via nas curvas do corpo da mulher a inspiração para suas obras.

O desfile contou com a participação de 30 mulheres e seis homens, representando todas as casas de convivência do projeto da prefeitura do Rio, que tem por objetivo fazer com que os idosos se sintam importantes, produtivos e estimulados a um novo aprendizado. De acordo com a secretária de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, Cristiane Brasil, os idosos são os grandes valores que qualquer governante deve levar em conta ao cuidar de uma cidade.

"As pessoas têm que estar felizes e esse projeto não deixa só os idosos felizes, mas também os parentes, pois eles sabem que esses idosos estão sendo bem tratados, respeitados e valorizados pela municipalidade. A gente trabalha com cognição, com memória, com atividade física, com conhecimento de línguas, teatro, expressão corporal, a gente faz a parte psicológica, dá assistência social para ver qualquer sintoma de vulnerabilidade”, disse.

Para dona Zila, de 63 anos, desfilar representou uma satisfação ainda maior por ser na comunidade onde ela mora há 46 anos. "Estou me sentindo uma menina de 15 anos, debutando. Senti-me radiante, desfilando. Nós mostramos que também merecemos ser felizes”, declarou.

O projeto, que atende de 400 a 600 idosos, vem ganhando força e segundo Cristiane Brasil, na Rocinha, a procura cresceu após a pacificação da comunidade. "Quando a gente veio para a Rocinha, ela não estava pacificada. Com a pacificação, nós tivemos um aumento muito grande de inscritos. Idoso já é mais lento, fica com medo de descer, a gente tem cadeirante, a gente tem pessoas com dificuldade de locomoção, então para eles saírem do morro e arriscar de ter um tiroteio, de ter um problema, eles não vinham, tinham medo. Foi um presentão que a gente ganhou”, disse a secretária.

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