Brasil

Projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios avança

PL está sendo analisado ao mesmo tempo pela Casa Civil e a Secretaria Geral da União para ser enviado para assinatura do presidente

Última greve dos Coreios, que durou 35 anos, pode acelerar processo de privatização (Alex de Jesus /O Tempo/Estadão Conteúdo)

Última greve dos Coreios, que durou 35 anos, pode acelerar processo de privatização (Alex de Jesus /O Tempo/Estadão Conteúdo)

CA

Carla Aranha

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 16h08.

Última atualização em 5 de novembro de 2020 às 12h01.

O projeto de lei que acaba com o monópolio dos Correios no serviço postal e abre caminho para a privatização da estatal já está sendo analisado pelo departamento de assuntos jurídicos da Secretaria Geral da União, para que possa ser enviado para assinatura do presidente Bolsonaro.

Ao mesmo tempo, a Casa Civil prepara uma análise sobre o mérito do projeto de lei, como preconiza o trâmite de ações dessa natureza. Os estudos estão avançando, embora ainda seja prematuro afirmar quando serão finalizados.

A expectativa é que o trâmite de quebra de monopólio da estatal caminhe com agilidade. Os Correios apresentam um passivo de 14 bilhões de reais, segundo um levantamento realizado pelo governo. Quase a metade da dívida corresponde a pendências financeiras com o fundo de pensão dos funcionários, o Postalis, e o plano de saúde da empresa.

A estatal corre o risco de precisar de recursos do Tesouro para custear suas operações, de acordo com informações do Ministério da Economia e das Comunicações, ambos à frente do processo de privatização.

A nova lei prevê uma modernização do setor postal brasileiro. "É certo, no entanto, que a universalização do serviço será mantida", diz Diogo Mac Cord, secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia. 

De acordo com o estudo realizado pelo Ministério da Economia sobre os indicadores financeiros e econômicos dos Correios, nos exercícios de 2018 e 2019 a empresa contratou operações de crédito de 750 milhões de reais. Também consumiu aplicações financeiras para a manutenção de suas atividades operacionais e para realizar investimentos”, aponta o relatório.

 

Acompanhe tudo sobre:CorreiosDívidasMinistério da EconomiaPaulo GuedesPrivatização

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas