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Projeto busca ajudar vítimas de violência doméstica no Rio

Computadores disponíveis em estações de metrô prestarão informações às mulheres sobre o assunto, como legislação e formas de denunciar esse tipo de crime


	O Brasil tem a melhor lei de proteção à mulher do mundo, a Lei Maria da Penha, mas ainda têm vergonha ou medo de denunciar abusos
 (Getty Images/Getty Images)

O Brasil tem a melhor lei de proteção à mulher do mundo, a Lei Maria da Penha, mas ainda têm vergonha ou medo de denunciar abusos (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 14h20.

Rio de Janeiro - Um projeto do governo estadual do Rio de Janeiro, em parceria com o Banco Mundial, vai ajudar mulheres vítimas de violência doméstica e oferecer creches públicas em estações de trem da região metropolitana.

O projeto Via Lilás foi lançado hoje (2) na estação de trem de Bonsucesso, na zona norte da capital.

Em 14 estações haverá terminais de computador disponíveis para prestar informações às mulheres sobre violência doméstica, como legislação, dados sobre a rede de saúde e formas de denunciar esse tipo de crime.

Também serão criadas duas casas Lilás, na Pavuna, na zona norte do Rio, e em Nova Iguaçu. Esse espaço oferecerá cursos, atividades culturais, atendimento jurídico e de saúde.

Além disso, está prevista a instalação de quatro creches, que serão administradas pelas prefeituras do Grande Rio, próximas a quatro estações ferroviárias.

Danusia Tomaz, vítima de violência doméstica, preside a Associação de Moradores do Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, na zona norte da cidade. “Eu já sofri violência com meus primeiro e segundo maridos. Cinco meses atrás, fui vítima mais uma vez, mas dessa vez eu denunciei. Não tive vergonha de denunciar e as mulheres não têm que ter vergonha nenhuma. Eles têm que ser punidos. A gente não pode ficar a vida inteira apanhando”.

A diretora-executiva do Banco Mundial, Sri Mulyani Indrawati, disse que o Brasil tem hoje a melhor lei contra a violência doméstica do mundo, a Lei Maria da Penha. Mas, segundo ela, ainda há um longo caminho a se percorrer na equidade de gênero, já que as mulheres ainda recebem os menores salários e têm taxas de desemprego mais alta.

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