A recomendação é que os visitantes conheçam as normas do Parque Nacional, pesquisem as proibições antes de viajar e respeitem as orientações dos guias. (Arquivo/Agência Brasil)
Colaboradora
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 17h23.
Uma turista de Florianópolis foi multada em R$ 10 mil pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) após tocar uma tartaruga-marinha durante um mergulho em Fernando de Noronha.
O incidente ocorreu em 26 de setembro, quando a mulher publicou um vídeo nas redes sociais mostrando o momento do contato com o animal.
Poucos dias depois, em 3 de outubro, a autarquia emitiu a multa destacando que esse tipo de interação é proibido pelo plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do arquipélago. A identidade da turista não foi divulgada.
Na ocasião, o ICMBio explicou que a interação com animais silvestres pode gerar estresse, ferimentos e alterações no comportamento da fauna marinha.
Além disso, a prática viola o artigo 90 do Decreto Federal nº 6.514/2008, que trata das condutas inadequadas nas Unidades de Conservação, com penalidades que variam de R$ 500 a R$ 10 mil, dependendo da gravidade da infração.
Vale destacar que esse não foi o único caso recente de multa na ilha. Em 6 de outubro, um empresário local foi autuado em R$ 6.240 por entrar com uma embarcação sem autorização no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Fernando de Noronha é reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO e possui algumas regras rígidas para proteger seu ecossistema.
Entre as principais proibições estão:
Restrições de atividades:
Controle de acesso:
Assim como o caso da turista de Florianópolis, o descumprimento dessas regras pode gerar multas elevadas e, em casos mais graves, levar o infrator a responder por crimes ambientais.
Fernando de Noronha (Wikimedia Commons/Divulgação)
Além das restrições ambientais, os visitantes de Fernando de Noronha precisam pagar duas taxas obrigatórias para entrar no arquipélago.
A primeira delas é a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), que foi reajustada para R$ 101,33 por dia em 2025, representando um aumento de 4,2% baseado na variação do IPCA.
O sistema de cobrança é progressivo, ou seja, quanto mais tempo o turista permanece na ilha, mais paga. Para exemplificar, uma permanência de um mês resultaria em uma taxa total de R$ 7.145,46.
O pagamento pode ser feito online antes da viagem ou diretamente no aeroporto local, e vale ressaltar que moradores, parentes de primeiro grau e profissionais em serviço estão isentos dessa cobrança.
Há também uma segunda taxa que os visitantes precisam considerar: o ingresso para o Parque Nacional Marinho, que cobre cerca de 70% do arquipélago e garante acesso às principais praias, como Baía do Sancho e Atalaia.
Os valores também foram reajustados neste ano, com estrangeiros pagando R$ 373 e brasileiros tendo direito a 50% de desconto, desembolsando R$ 186,50.
Esse ingresso tem validade de até dez dias e pode ser adquirido antecipadamente no site oficial do parque.