Amazônia: a região tem um Índice de Progresso Social geral de 57,31 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 15h48.
São Paulo - O contraste entre riqueza natural e desenvolvimento da Amazônia brasileira não é nada animador.
Divulgado na última sexta-feira (22/08), o estudo “Índice de Progresso Social (IPS) na Amazônia Brasileira – IPS Amazônia 2014” revela que a média do progresso social da região é 15,4% menor do que a do Brasil.
Realizada pelo Instituto Imazon, a pesquisa avaliou 772 municípios dos nove estados da Amazônia, que abrigam aproximadamente 24 milhões de habitantes.
Segundo o relatório, a região tem um IPS geral de 57,31, considerando uma variação que vai de 0 (pior nível) a 100 (melhor nível).
A nota é inferior à média nacional, que é de 67,73.
De acordo com a última edição do estudo IPS global, lançada em abril, o Brasil ocupa a 46ª posição no ranking com 132 países.
Se a Amazônia fosse um país, ficaria com o 93º lugar.
“O progresso social da forma como é medido pelo IPS revela que a região está abaixo da média brasileira, o que é incompatível com a sua importância ambiental”, afirmou Adalberto Veríssimo, um dos responsáveis pelo levantamento.
Segundo Veríssimo, os resultados do estudo revelam um modelo de desenvolvimento marcado pelo desmatamento, uso extensivo dos recursos naturais e conflitos sociais.
“A extensão continental da região e a precariedade da infraestrutura local impõem desafios adicionais ao seu progresso social e econômico”, disse.
Ao todo, foram avaliados 43 indicadores sociais e ambientais da Amazônia, tais como incidência de malária e desmatamento, e três dimensões foram consideradas:
- necessidades humanas básicas, com média 17,9% menor do que a nacional;
- fundamentos para o bem-estar, com média 7,9% inferior à do país e
- oportunidades, com média 21% inferior à do Brasil.
No site do Imazon, estão disponíveis para consulta mapas e resultados de cada município, além de sua colocação no ranking regional.