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Programas para dependentes se complementam, diz Alckmin

Questionado se disputas políticas em eleições não poderiam atrapalhar parceria, Alckmin afirmou que"é preciso separar disputas eleitorais de programa de governo


	Geraldo Alckmin: segundo Alckmin, o governo tem atendido às demandas da Prefeitura
 (Marcelo Camargo/ABr)

Geraldo Alckmin: segundo Alckmin, o governo tem atendido às demandas da Prefeitura (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 15h44.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que a inclusão de dependentes químicos no Programa Emergencial de Auxílio Desemprego, conhecido como Frente de Trabalho, não compete com o "De Braços Abertos", lançado no início do ano pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

"Não há nenhuma competição, eles se complementam", afirmou, durante evento na capital paulista.

Alckmin disse que teve ao menos três reuniões com Haddad sobre o assunto. "Quero destacar a boa parceria (com a Prefeitura) em todas as áreas e também naquilo que envolve o governo federal", afirmou.

Questionado se as disputas políticas nas próximas eleições não poderiam atrapalhar as parcerias, o governador afirmou que "é preciso separar disputas eleitorais" de programas de governo. "É dever de todos estarmos trabalhando juntos", disse.

Segundo Alckmin, o governo tem atendido às demandas da Prefeitura. "A Prefeitura pede o policiamento e nós reforçamos. A Prefeitura pediu para ampliarmos o Bom Prato e nós ampliamos", afirmou.

De acordo com o governador, as responsabilidades do Estado e da Prefeitura "se complementam". "Há um esforço coletivo, quanto mais um ajudar o outro melhor", reforçou.

Alckmin anunciou nesta terça-feira, 25, a inclusão de dependentes químicos no Programa Emergencial de Auxílio Desemprego, conhecido como Frente de Trabalho.

A princípio serão apenas 40 vagas destinadas para dependentes que já estão em tratamento no Programa Recomeço, que também é uma iniciativa estadual criada no ano passado com o objetivo de resgatar os dependentes de drogas, principalmente o crack, oferecendo proteção e acompanhamento multiprofissional ao dependente químico e seus familiares.


O contrato da Frente de Trabalho destinado aos dependentes terá duração de nove meses e prevê uma remuneração mensal de R$ 395, já incluído vale transporte e vale refeição.

O contrato está vinculado ao tratamento. Os dependentes irão trabalhar de segunda à quinta, seis horas por dia, e na sexta terão curso de capacitação profissional.

Ao menos 13 vagas já estão preenchidas desde segunda-feira, segundo a Secretaria de Estado de Justiça, que é uma das pastas responsáveis pelo programa e abrigará parte dos participantes, que trabalharão como auxiliares de serviços gerais e administrativos.

Esses 13 participantes que já se inscreveram no projeto estão em tratamento no Centro de Referência de Álcool Tabaco e outras Drogas (Cratod).

Segundo o governo, após a implantação de plantão judiciário no Cratod, em janeiro de 2013, mais de 3.209 dependentes químicos foram internados. A maioria (2.873 casos) de forma voluntária.

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