Brasil

Programa de bolsas incentivará inovação e registro de patentes

Parceria entre governo e iniciativa privada pretende também concender 100 mil bolsas de intercâmbio

“Na área de inovação, o Brasil está muito distante da posição que detém na economia mundial” disse Mercadante (Antonio Cruz/ABr)

“Na área de inovação, o Brasil está muito distante da posição que detém na economia mundial” disse Mercadante (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 18h42.

Brasília - Apesar de ocupar a 13ª posição no ranking mundial de produção científica, o Brasil está em 47ª lugar no ranking de inovação. Mesmo classificando como "precários" esses indicadores, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse hoje (26) que eles mostram de forma clara a necessidade de o país avançar nos incentivos a bolsas de estudo, como o previsto no Programa Ciência Sem Fronteiras.

“Na área de inovação, o Brasil está muito distante da posição que detém na economia mundial”, disse Mercadante ao abrir a palestra sobre o Programa Ciência Sem Fronteiras, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

A iniciativa pretende conceder 100 mil bolsas de intercâmbio para estudantes e pesquisadores em modalidades que vão do nível médio ao pós-doutorado. Dessas, 75 mil ficarão a cargo do governo federal e 25 mil, da iniciativa privada.

A preocupação inicial é favorecer áreas de conhecimento consideradas prioritárias, como as de engenharia, ciências exatas, biológicas e da saúde, além da computação e tecnologia da informação. “Enquanto a Coreia [do Sul] tem um engenheiro para cada quatro formandos, o Brasil tem uma proporção de um para cada 50 formandos”, argumentou o ministro.

Mercadante apresentou alguns dados que mostram o quanto algumas áreas de conhecimento foram desfavorecidas entre 2001 e 2009. Enquanto o total de bolsas concedidas para a área de humanas aumentou 66% no período, e a de ciências biológicas 63%, o de engenharia cresceu apenas 1% e o de ciências exatas e da terra diminuiu 16%. “Por isso, a inovação é o foco da nova política industrial”, afirmou ele.

Integrante de um dos grupo de trabalho que discute formas de o país incentivar inovação e registro de patentes, o professor Antônio Trevisan ressaltou a importância da participação da iniciativa privada nessas áreas. A resposta foi dada pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), Paulo Safady: “Vamos administrar isso com competência e competitividade.”

Acompanhe tudo sobre:InovaçãoMinistério de Ciência e TecnologiaPatentesPesquisa e desenvolvimento

Mais de Brasil

Revalida divulga resultado de recursos para atendimento especializado

Com segurança reforçada, Alexandre de Moraes recebe homenagem no Tribunal de Contas de SP

Nova onda de frio terá ciclone e 'chuva congelada' no Brasil; veja quando começa

São Paulo terá chuva, rajadas de vento e temperatura de 6 ºC; Defesa Civil emite alerta