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Programa da ONU realoca cinco mil venezuelanos em cidades brasileiras

Os venezuelanos que estavam em Roraima foram levados para outras 17 cidades do país

Imigração: o Brasil recebeu mais de 200 mil venezuelanos desde 2017 (Nacho Doce/Reuters)

Imigração: o Brasil recebeu mais de 200 mil venezuelanos desde 2017 (Nacho Doce/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de março de 2019 às 14h13.

Genebra — Mais de 5 mil venezuelanos foram transferidos do estado de Roraima para outras 17 cidades no Brasil como parte de um programa no qual colaboram vários órgãos da ONU e que beneficiará mais pessoas nas próximas semanas.

O último voo durante esta semana levou 225 venezuelanos de Boa Vista para 13 destinos diferentes dentro do Brasil.

"Esses voos têm o objetivo de reduzir a população flutuante nas regiões fronteiriças, onde muitos venezuelanos viviam nas ruas e em abrigos com oportunidades limitadas", disse nesta sexta-feira o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Babar Baloch, ao explicar os motivos do deslocamento.

Mais voos estão previstos para a próxima semana no país, que recebeu mais de 200 mil venezuelanos desde 2017, dos quais 85 mil solicitaram asilo e outros 40 mil receberam permissões temporárias de residência.

A pressão migratória foi particularmente forte nos estados da região norte, onde os venezuelanos chegaram primeiro por terra depois de deixarem seu país por causa da grave situação econômica, social e política.

A participação no programa de realocação, que na atualidade inclui 50 cidades potenciais para receber os venezuelanos, deve ser totalmente voluntária, segundo os critérios da ONU.

Seus órgãos, em particular o Acnur, tentam identificar os possíveis beneficiados entre os ocupantes dos abrigos temporários instalados em Boa Vista, assim como garantir que contam com a documentação necessária para a viagem.

Outras alternativas para favorecer a integração dos venezuelanos são os programas de reunificação familiar e de oportunidades de emprego.

Neste último, são identificadas previamente as pessoas cujas competências correspondem às necessidades das companhias privadas que têm ofertas de trabalho em outras regiões.

Segundo os últimos números divulgados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 3,4 milhões de venezuelanos deixaram seu país, seja como migrantes ou refugiados, e 2,7 milhões deles estão em nações da América Latina e do Caribe.

A própria organização, no entanto, estima que esses números estão subestimados porque não contemplam a migração irregular.

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