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Professores fecham a Paulista e decidem manter greve

Em assembleia, a categoria decidiu nesta terça pela continuidade da greve. A próxima assembleia ocorrerá na sexta-feira, às 10 horas, na frente da Prefeitura


	Masp: no início da tarde desta terça, professores começam a se concentrar no vão livre do museu
 (Wikimedia Commons/Benjamin Thompson)

Masp: no início da tarde desta terça, professores começam a se concentrar no vão livre do museu (Wikimedia Commons/Benjamin Thompson)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 16h40.

São Paulo - Os professores municipais de São Paulo em greve há quase um mês já fecham a Avenida Paulista no sentido Consolação, na altura do Masp.

No início da tarde desta terça-feira, 20, eles começam a se concentrar no vão livre do museu para se manifestarem contra a proposta da Prefeitura de abono de 15,38% no piso salarial.

Em assembleia, a categoria decidiu nesta terça pela continuidade da greve. A próxima assembleia ocorrerá na sexta-feira, às 10 horas, na frente da Prefeitura.

Policiais presentes no local falam em cerca de mil manifestantes, por enquanto. Mas a expectativa do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Simpeem) é reunir cerca de 7 mil pessoas nesta terça, o mesmo número reunido na quinta-feira passada (15).

Segundo o presidente do Simpeem, Claudio Fonseca, os professores querem que essa porcentagem seja incorporada ao salário de todos os professores, inclusive os aposentados.

"A proposta da Prefeitura de abono contempla apenas 16 mil de um total de 94 mil profissionais. O governo respondeu apenas a três demandas de 205 enviadas pelos professores ao governo", diz.

Fonseca lembrou que maio é o mês data base para os profissionais da educação. "Data em que se espera que o reajuste não fique abaixo da inflação do período", afirma.

"O governo disse que vai incorporar os 15,38% apenas no ano que vem e não explica em quantas vezes. Queremos que a incorporação ocorra ainda neste ano."

Ele disse ainda que as demandas dos professores e demais profissionais da educação não se referem apenas ao reajuste educacional.

"Queremos melhores condições de trabalho, número adequado de alunos por professor (e não superlotação de turmas), condições estruturais nas escolas, segurança no trabalho, professores auxiliares para alunos com deficiência."

A manifestação está prevista para começar as 17h30, e os professores devem caminhar de lá até a sede da Prefeitura, no Vale do Anhangabaú, na região central.

"Se a Prefeitura não acatar às demandas, vamos continuar em greve", disse.

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