Câmara Municipal do Rio: na audiência, secretaria não apresentou dados pedidos por professores (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2014 às 19h15.
Rio de Janeiro - Professores da rede municipal de ensino do Rio protestaram hoje (23) em audiência pública, na Câmara Municipal dos Vereadores, que discutiu as diretrizes orçamentárias da Secretaria municipal de Educação.
Os profissionais aproveitaram para questionar a secretária municipal de Educação, Helena Bomeny, sobre os impactos que as reivindicações feitas pela categoria causariam no orçamento do município, como o reajuste salarial de 20% e um terço da carga horária voltada para o planejamento das aulas.
“Aproveitamos a oportunidade que tivemos para fazer perguntas e cobrar esclarecimentos da prefeitura. Como a audiência era para discutir orçamento, nos adiantamos e perguntamos se a prefeitura tinha já disponível hoje ou se levaria para a audiência [marcada para o dia 28] a planilha apresentando cálculos de impacto para cada um dos pontos prioritários que estão na pauta”, disse a coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), Gesa Linhares.
Durante a audiência, que discutiu o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a secretaria não apresentou os dados solicitados pelos professores.
Helena Bomeny enumerou ações que pretende desenvolver ao longo de 2015, como buscar que as escolas públicas alcancem uma nota média igual ou superior a seis relativa aos primeiros anos escolares, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Além disso, a secretaria tem como objetivo reduzir a taxa de analfabetismo funcional para menos de 5% entre os alunos do quarto ao sexto ano, em 2016.
Na próxima segunda-feira (26), os professores farão uma manifestação, às 10h, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antonio Carlos Jobim, onde parte da seleção brasileira desembarca.
Após o ato, os docentes seguirão para a concentração dos jogadores, na Granja Comary, em Teresópolis, região serrana, onde farão um novo protesto.