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Professores e comerciários protestam na prefeitura de SP

Cerca de 50 professores municipais e 400 trabalhadores do comércio protestam nas proximidades da prefeitura de São Paulo

Protesto de professores em SP: professores estão em greve há mais de um mês (Marcelo Camargo/ABr)

Protesto de professores em SP: professores estão em greve há mais de um mês (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 12h48.

São Paulo - Cerca de 50 professores municipais, em greve há mais de um mês, estão acampados desde a madrugada de hoje (30) em frente à prefeitura, no Viaduto do Chá, no centro da capital paulista.

Eles montaram dez barracas na calçada do prédio para pressionar o prefeito Fernando Haddad a receber o sindicato da categoria e negociar as reivindicações dos docentes, entre as quais está a incorporação de um bônus complementar ao salário.

Também em frente ao Paço Municipal, cerca de 400 trabalhadores do comércio, segundo a Polícia Militar, protestam contra a lei que decreta feriado em 12 junho, dia da abertura da Copa do Mundo.

Eles querem que esse benefício não exclua os comerciários.

O ato dos professores foi marcado pelas redes sociais sem a articulação do Sindicato dos Profissionais em Educação do Ensino Municipal (Sinpeem).

“Eles dizem que pagar em forma de bônus 15,38% a partir do ano que vem, mas queremos que seja incorporado ao salário. Além disso, queremos saber como vai ser esse pagamento, porque eles dizem que é a partir de 2015, mas quando acaba?”, questionou um dos professores, que não quis se identificar.

De acordo com o grupo, o acampamento é mais uma forma de mobilizar a classe.

Eles pretendem ficar até que o sindicato seja recebido pelo prefeito. Às 14h30, haverá uma assembleia de todos os professores no mesmo local.

De acordo com o Sinpeem, além da incorporação do percentual de 15,38%, a categoria quer isonomia entre ativos e aposentados, projetos de segurança nas escolas, redução do número de alunos por sala, direito à 15 minutos de intervalo para os educadores dos Centros de Educação Infantil (CEIs), entre outros itens.


Em relação ao protesto dos trabalhadores do comércio, Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), disse que considera uma discriminação excluir a categoria do benefício do feriado no primeiro dia da Copa do Mundo.

“O sindicato assinou uma convenção coletiva de alguns feriados e não haveria problema em dar complemento com o dia 12, desde que os benefícios fossem estendidos”, explicou.

Ao trabalhar nos feriados, os comerciários recebem o pagamento do dia em dobro ou tem folga adicional e ainda recebem o equivalente do vale-refeição.

Segundo o presidente, 500 mil pessoas trabalham no comércio paulistano.

Patah informou que, caso não haja alteração da lei, a UGT entrará com um pedido de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para que seja considerada irregular pela Justiça.

“Formalizamos um pedido de reunião com o prefeito para que pudéssemos conversar. Estamos fazendo esse protesto, mas somos favoráveis à Copa, mas estamos aqui por conta dessa discriminação”, explicou.

Um ofício foi enviado no dia 28, mas até o momento, segundo ele, não houve retorno.

Em nota, a Secretaria de Educação informa que “já garantiu o reajuste de quase 26% entre 2013 e 2014 e vai continuar a valorizar o magistério com carreira, formação e salários”.

Além disso, segundo a secretaria, hoje todos os profissionais da educação, incluindo os aposentados, estão recebendo um reajuste de 13,43%.

“A Secretaria Municipal de Educação se mantém aberto ao diálogo com os educadores e com as suas entidades sindicais”.

A assessoria de imprensa do prefeito Fernando Haddad não se posicionou sobre o ato dos comerciários.

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