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Professores desarmam últimas barracas no Centro do Rio

Barracas abrigaram parte dos manifestantes que entraram em confronto violento com policiais militares

Prédio da Câmara Municipal é cercado por grades durante votação do plano de carreira dos profissionais da educação (Tânia Rego/ABr)

Prédio da Câmara Municipal é cercado por grades durante votação do plano de carreira dos profissionais da educação (Tânia Rego/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 20h29.

Rio - Professores grevistas da rede municipal de ensino do Rio desarmaram nesta quarta-feira, 02, as últimas seis barracas que restavam na rua Alcindo Guanabara, ao lado da Câmara de Vereadores. As barracas, ao longo das últimas semanas, abrigaram parte dos manifestantes que, no dia anterior, entraram em confronto violento com policiais militares.

O Centro do Rio, especialmente a praça da Cinelândia, onde fica o Palácio Pedro Ernesto (sede do Legislativo municipal), amanheceu com sinais evidentes da gravidade do conflito, em que dezenas de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo explodiram em todo o Centro.

Pelo menos 15 agências bancárias tiveram os vidros destruídos, assim como proteções de pontos de ônibus, telefones públicos e lixeiras. Ao final do protesto, a Polícia Militar (PM) divulgou que fez 17 prisões, nenhumas delas de professores. Dois presos eram procurados pela acusação de envolvimento em assaltos. Houve 11 feridos.

O comércio da região também sofreu com os enfrentamentos de terça-feira. Um exemplo é o tradicional bar Vermelhinho, instalado na Cinelândia desde 1956. Segundo o sócio Luiz Carlos Canedo, de 41 anos, o estabelecimento, vizinho à Câmara de Vereadores, interrompeu suas atividades por dois dias seguidos. Na segunda-feira, quando houve um primeiro confronto entre adeptos do movimento black blocs e policiais, o bar fechou às 21h. O normal é o expediente ser encerrado às 2h.

No dia seguinte, a casa nem chegou a abrir, tal a confusão instalada na Cinelândia. O faturamento perdido com um dia fechado, segundo Canedo, varia entre R$ 8 mil e R$ 10 mil.

"Este bar, desde 1956, nunca precisou ser fechado por causa de manifestação. E olha que aqui aconteceu tudo na ditadura, nas diretas já, no fora Collor. Nunca havia fechado", lamentava Canedo, referindo-se a manifestação que fazem parte da história brasileira.

O empresário apontou ainda ter sofrido prejuízos na cobertura do bar, danificada por uma bomba de efeito moral jogada pelos policiais militares . Canedo afirma que pedras foram lançadas contra o estabelecimento e que cadeiras e mesas chegaram a ser danificadas nos protestos de segunda-feira, derrubadas por manifestantes em correria.

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