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Professores de todo o país fazem paralisação de três dias

A categoria quer cobrar de governos estaduais e de prefeituras o pagamento do novo piso nacional do magistério

Cerca de 500 mil estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal estão sem aulas a partir desta segunda-feira (Marcello Casal Jr/ABr)

Cerca de 500 mil estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal estão sem aulas a partir desta segunda-feira (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 13h10.

Brasília – Os professores da rede pública do Distrito Federal entraram em greve hoje (12). Em todo o país, a categoria faz um movimento de alerta e paralisa as atividades por três dias – até quarta-feira (14) – para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, destaca que o movimento pode ser ampliado, por tempo indefinido, conforme as assembleias da categoria em cada estado.

“Os professores farão atos públicos e passeatas em vários estados brasileiros. A chamada da CNTE é de três dias para fazer uma avaliação, se continuará ou não com a greve. Cada estado tem autonomia de fazer uma avaliação e ver a situação, decidindo se deve [manter] a greve”, disse Leão, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, que foi ao ar hoje (12).

Leão destacou ainda que o piso salarial em vigor no país – que é de R$ 1.451 – não atende às necessidades dos profissionais em educação. Segundo ele, pelos cálculos da CNTE, o ideal é fixar um piso de R$ 1.937.

“Os governadores e prefeitos em vez de buscarem formas de pagarem sem questionar, não, eles questionam o critério e o valor de reajuste. E, nós não aceitamos esse tipo de coisa e essa paralisação tem essa finalidade”, disse Leão.

Levantamento feito pela Agência Brasil e publicado na semana passada aponta que nove estados ainda não pagam o valor do piso aos professores.

De acordo com o presidente da CNTE, atualmente muitos estados e municípios não conseguem provar o que investem em educação. No mínimo, de acordo com a Constituição Federal, 20% do total arrecadado em impostos pelo estado devem ser aplicados em educação.

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