De acordo com a categoria, o Estado não teria acompanhado uma decisão nacional que prevê que 33% da jornada de trabalho dos professores seja destinada à preparação de aulas (Tiago Lubambo)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2013 às 12h56.
São Paulo - Os professores da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo entram em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, 22.
A decisão foi anunciada na última sexta-feira, dia 19, em assembleia realizada durante manifestação que fechou a Avenida Paulista. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), 20 mil professores participaram da decisão.
Entre as reivindicações da categoria estão o aumento salarial de 36,74%, com um reajuste imediato de 13,5%, e a implementação da chamada jornada do piso.
De acordo com a entidade, o Estado não teria acompanhado uma decisão nacional que prevê que 33% da jornada de trabalho dos professores seja destinada à preparação de aulas e à formação continuada no local de trabalho.
Em nota oficial, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo qualificou como "inverdades" as informações da categoria de que o Governo não cumpriria integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público (que também estabelece a composição da jornada de trabalho dos professores).
Segundo a pasta, o salários dos funcionários da rede estadual de SP (com carga horária de 40h semanais) é de R$ 2.088,27, valor que ultrapassaria em 33,3% o piso salarial de R$ 1.567,00 previsto pela lei.
A Secretaria informou ainda que um projeto de aumento de 8,1% no salários dos professores já teria sido encaminhado à Assembleia Legislativa de SP.
Segundo a Apeoesp, o reajuste real é de 2% - o que significaria um acréscimo de R$ 0,19 a R$ 0,22 por hora-aula. 6% do aumento anunciado para 2013 já estaria previsto na lei completar nacional. Um aviso do site da Apeoesp aconselha pais a não enviarem seus filhos a escola nesta segunda-feira.