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Professores de SP decidem se mantém greve nesta sexta

O reajuste salarial imediato de 17,7%, referente a perdas inflacionários acumuladas desde 2011, é uma das principais reivindicações dos docentes


	Professores da rede municipal de São Paulo em greve: a Secretaria Municipal se dispôs a conceder um aumento de 10,19% neste ano e mais 13,43% em maio de 2014.
 (Marcelo Camargo/ABr)

Professores da rede municipal de São Paulo em greve: a Secretaria Municipal se dispôs a conceder um aumento de 10,19% neste ano e mais 13,43% em maio de 2014. (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Professores da rede municipal de São Paulo vão decidir nesta sexta-feira, 24, se continuam a paralisação das atividades iniciada no dia 3 de maio. Os docentes, ligados ao Sinpeem e à Aprofem - dois dos principais sindicatos da categoria - vão se reunir nesta tarde no viaduto do Chá, em frente à Prefeitura, no centro de São Paulo, para decidirem em assembleia se aceitam as propostas apresentadas pelo Governo Haddad.

O reajuste salarial imediato de 17,7%, referente a perdas inflacionários acumuladas desde 2011, é uma das principais reivindicações dos docentes. A Secretaria Municipal se dispôs a conceder um aumento de 10,19% neste ano e mais 13,43% em maio de 2014.

"Tivemos uma reunião agora de manhã com a Secretaria de Gestão da Prefeitura. E eles colocaram novamente na mesa de negociação a proposta de um reajuste de 11,46%. Ele seria dividido em três parcelas", afirma Cláudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem). Fonseca pretende se reunir com a Secretaria Municipal ainda nesta tarde.

No encontro desta sexta-feira, que pretende bloquear as duas vias do viaduto do Chá durante toda a tarde, também será discutido entre os professores o plano de reposição das aulas quando a greve for finalizada.

"Essa será o grande debate desta sexta. A Prefeitura não pode mandar cortar o ponto dos professores. O prefeito não pode descontar os nossos salários por esses dias de paralisação. A greve é legítima, não é ilegal", fala uma professora municipal vinculada à Diretoria de Ensino de Pirituba, que preferiu não se identificar.


Segundo ela, a paralisação busca outras melhorias nas condições de trabalho. "Essa greve não está só batalhando pelo reajuste. É uma luta contra a violência diária que temos que conviver na nossa rotina de aulas. Não existem policiais em números suficientes nas escolas. Além disso, chegamos a dar aula para 35 crianças de apenas 4 anos numa mesma sala. Isso é muito preocupante", fala.

Adesão

Segundo o Sinpeem, metade dos professores da rede participam da greve. "Em torno de 50% é o porcentual de adesão à paralisação nas escolas da capital", diz Fonseca.

Para a prefeitura, no entanto, a greve não atinge nem 30% dos professores, e das unidades que estão paralisadas, muitas delas decidiram participar de forma parcial.

No início da semana, durante entrevista, o secretário municipal de Educação de São Paulo, César Callegari, classificou a greve como uma "lástima", uma vez que a Prefeitura nunca teria deixado de dialogar.

Propostas

A Secretaria Municipal de Educação anunciou um conjunto de 10 propostas para melhoria das condições de trabalho dos professores. A contratação de 108 profissionais e 718 estagiários de Pedagogia para auxiliar os docentes no Programa de Educação Inclusiva, e a criação de grupos de trabalho sobre questões de saúde e segurança escolar, são algumas delas.

Sobre a ampliação do número de professores da rede, a secretaria afirmou que "já foi autorizada a contratação de 493 Auxiliares Técnicos Educacionais (ATEs), bem como a autorização para abertura de concurso". Em 2013, segundo a pasta foram convocados 3.400 professores, sendo que 2.889 já foram nomeados.

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