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Professores de metade das universidades federais fazem greve

Na próxima terça-feira (23), representantes dos professores participam de reunião no Ministério da Educação. A greve foi iniciada no dia 28 de maio


	Vista da Universidade Federal de ABC, em Santo André: o presidente do sindicato, Paulo Rizzo, disse que a expectativa dos docentes é ter respostas às propostas do movimento
 (Rodolfo Costa/Flickr/Creative Commons)

Vista da Universidade Federal de ABC, em Santo André: o presidente do sindicato, Paulo Rizzo, disse que a expectativa dos docentes é ter respostas às propostas do movimento (Rodolfo Costa/Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2015 às 14h05.

A greve dos professores das universidades federais completa 23 dias hoje (19), com a adesão de docentes de 31 das 63 universidades federais e de um instituto federal, segundo balanço do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

Na próxima terça-feira (23), representantes dos professores participam de reunião no Ministério da Educação. A greve foi iniciada no dia 28 de maio.

A última reunião dos docentes com o MEC para negociação ocorreu no dia 22 de maio. De acordo com o Andes-SN, não houve repostas para a pauta apresentada pela categoria, que inclui reestruturação da carreira, valorização salarial, defesa do caráter público das universidades e melhores condições de trabalho.

O presidente do sindicato, Paulo Rizzo, disse que a expectativa dos docentes é ter respostas às propostas do movimento. “No dia 22 de maio, questionamos que não tinham respondido nossa pauta e nossa expectativa é que nesta reunião o MEC se pronuncie em relação à pauta de reivindicações. Gostaríamos que trouxessem algo para que o movimento possa avaliar.”

Na avaliação de Rizzo, os movimentos recentes do governo têm sido no sentido de reduzir cada vez mais as verbas para a educação. “O que o governo tem feito até agora é cortar Orçamento, verba. Foram cortados R$ 9,4 bilhões do orçamento da educação para esse ano”, disse.

Na pauta de reivindicações entregue ao ministério os docentes incluíram, por exemplo, piso remuneratório de R$ 2.784 para docente graduado em regime de trabalho de 20 horas.

Outros pontos são a ampliação da infraestrutura das instituições incluindo laboratórios e equipamentos e aplicação de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em ciência e tecnologia.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou, por meio de nota divulgada no último dia 9, que uma contraproposta para as instituições federais de ensino será apresentada até o fim deste mês.

Essa contraproposta faz parte do contexto das negociações feitas com o conjunto do funcionalismo público, de acordo com o ministério.

Em audiência pública na semana passada, no Senado, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse que a pasta está aberta ao diálogo com os servidores.

Quando foi deflagrada a greve, o Ministério da Educação (MEC) divulgou nota criticando a decisão dos professores. Para o MEC, a pasta diz que a paralisação só faria sentido se estivessem esgotados os canais de negociação.

Técnicos-administrativos de instituições públicas de ensino superior também estão em greve.

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