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Professores de escolas municipais de Salvador mantêm greve

A paralisação foi definida após os profissionais rejeitarem a contraproposta da Prefeitura de Salvador sobre o pedido de reajuste salarial

Professores: o sindicato afirma que os professores municipais estão sem reajuste há dois anos (Marcos Santos/USP Imagens/Reprodução)

Professores: o sindicato afirma que os professores municipais estão sem reajuste há dois anos (Marcos Santos/USP Imagens/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de julho de 2017 às 10h45.

Os professores da rede pública municipal de Salvador cruzam os braços hoje (12) pelo segundo dia consecutivo, em paralisação de 48 horas por reajuste salarial e advertência para uma possível greve da categoria.

A paralisação foi definida em assembleia na semana passada, na qual os profissionais rejeitaram a contraproposta da Prefeitura de Salvador e mantiveram o indicativo de greve.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, "os direitos previstos no plano de carreira não substituem o reajuste" reivindicado pela categoria.

O sindicato informou ainda que a contraproposta do executivo, rejeitada, foi apresentada na terceira rodada de negociações.

Em carta aberta à população, o sindicato informa que os professores municipais estão sem reajuste há dois anos. No mesmo documento, denunciam a ameaça de corte de pontos e de demissões (em casos dos contratados por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).

Além, do reajuste salarial, os professores reivindicam a liberação das mudanças de nível e melhores condições de trabalho.

Outro lado

Em nota, a Secretaria de Educação do Município de Salvador anunciou que a prefeitura tem conversado com as categorias sobre as reivindicações. A proposta do executivo é a concessão do avanço de referência para todos os servidores efetivos da educação, a partir de setembro de 2017, o que equivale a 2,5% de aumento.

Na nota há uma comparação da média salarial dos professores da rede municipal com o Piso Nacional do Magistério. Segundo a prefeitura, o município paga uma média de R$ 7 mil, enquanto o piso estabelece o valor mínimo de R$ 2.298.

De acordo com a Secretaria de Educação, levantamento realizado nas escolas no primeiro dia de paralisações foi constatado que 37,5% das escolas não funcionaram, enquanto que mais de 60% das unidades escolares tiveram aulas.

De acordo com o sindicato, uma nova assembleia da categoria será realizada na próxima terça-feira (18).

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