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Professores da USP suspendem greve e aulas voltam na 2ª

Nesta semana, o pagamento de um abono de 28,6% a docentes e funcionários e a reposição das horas paradas pelos servidores ainda travavam o acordo


	USP: aulas devem voltar na próxima segunda-feira
 (Cecília Bastos/USP Imagens)

USP: aulas devem voltar na próxima segunda-feira (Cecília Bastos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 16h15.

São Paulo - Os professores da Universidade de São Paulo (USP) decidiram nesta quinta-feira, 18, aceitar o acordo proposto pela reitoria para encerrar a greve, que já dura 115 dias.

As aulas devem voltar na próxima segunda-feira, 22, após uma das paralisações mais longas da história da USP.

A reunião dos grevistas foi feita no anfiteatro do prédio da Geografia, no câmpus Butantã, zona oeste da capital.

O cronograma de reposição das classes será decidido por cada escola.

Em algumas unidades, como a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), a maioria das atividades foi suspensa.

Já na Escola Politécnica, por exemplo, o calendário seguiu a previsão normal.

Nesta semana, o pagamento de um abono de 28,6% a docentes e funcionários e a reposição das horas paradas pelos servidores ainda travavam o acordo.

Após pressão dos grevistas, o Conselho Universitário, órgão máximo da USP, aprovou nesta terça-feira, 16, a concessão do benefício, sugerido pela Justiça do Trabalho para repor as perdas inflacionárias desde maio, quando começou a paralisação.

Nesta quarta-feira, 17, os funcionários e a reitoria chegaram a um acordo sobre a reposição de horas paradas, em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Os funcionários deverão repor o trabalho não realizado até o fim do ano letivo, em 12 de dezembro, com limite de uma hora além do expediente.

As categorias também conseguiram reajuste de 5,2% em duas parcelas, uma em setembro e outra em dezembro.

O congelamento de salários foi proposto pelos reitores das universidades estaduais para conter a crise financeira das instituições. As três gastam praticamente todas as receitas com a folha de pagamento.

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