Brasília - O diálogo foi a forma encontrada por professores recém-formados para conquistar a confiança e o respeito dos estudantes.
A professora de biologia Amanda Rodrigues e o professor de educação física Rafael Duarte começaram a dar aulas este ano, ambos no ensino fundamental.
Para eles, conhecer os alunos é o segredo para uma boa relação.
“Posso estar sendo romântica, mas acho que ter carinho, se dedicar à profissão é ser um bom professor. E ser professor está muito além de chegar ali para escrever na lousa. É saber identificar se está tudo bem, até que ponto posso ir, ter um olhar diferenciado tanto para cada turma quanto para cada um”, diz Amanda.
Ela tem 24 anos, “com cara de 21”, como descreve.
Desde março deste ano leciona biologia para alunos do 6º ao 9ª ano do Colégio do Sol, escola particular no Lago Norte, em Brasília. ‘Sou muito aberta, os alunos vêm conversar sobre a aula, sobre sexualidade”.
A professora diz que se dedica à escola praticamente de segunda a segunda. “Sempre estou lendo, buscando coisas novas para levar a eles, procuro não ficar presa ao livro”, conta Amanda.
Com 23 anos, Rafael Duarte está na sala de aula há três meses, no 7º ano do Centro de Ensino Fundamental 03 do Gama, escola pública do Distrito Federal.
“Dar aula é bem diferente do que se aprende na universidade, é mais pesado e mais difícil. A universidade não te prepara para a realidade que encontra em sala de aula”, diz. O professor busca, por meio de aulas práticas e teóricas, unir esporte com princípios como respeito e companheirismo.
Rafael, que trabalha com jovens da faixa etária de 12 a 14 anos, acredita que para uma boa aula é preciso diálogo, “e o diálogo tem que estar inserido na realidade deles. Se vamos trabalhar dança, por exemplo, tenho que buscar as músicas que eles escutam”.
É também preciso ter jogo de cintura, nem sempre o que funciona em uma turma funciona na outra, acrescenta.
Na escola, os dois professores esbarraram em dificuldades que vão além da relação com os estudantes.
Segundo Amanda, o currículo obrigatório restringe a criatividade e até mesmo o tempo. “Há muita coisa que desestimula.
A educação é muito quadradinha”, diz.
“Os professores têm muita coisa para cumprir”, observa. Ela tenta sair um pouco da rotina e, se está chato, tenta chamar a atenção dos estudantes. “Talvez por ser início de carreira”, pondera.
Rafael, que para a prática esportiva precisa de quadra, bola e outros materiais, esbarrou na falta de estrutura, coisa que não viveu no estágio.
Além disso, tem o desafio de lidar com alunos munidos de smartphones e outras tecnologias.
“É preciso saber usar essa tecnologia para aproximar o aluno de forma educativa”, comenta.
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1. Região Sul – Foz do Iguaçu (PR)
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1/5 (Reprodução Relatório Excelência com Equidade, da Fundação Lemann e Itaú BBA)
Escola Municipal Professora Suzana Moraes Balen
Ideb (2011) – 7,5
Ideb (2007) – 4,7 O que a escola fez: O décimo quarto salário é distribuído a todos os funcionários da escola em caso de desempenho maior ou igual a meta no Ideb. O bônus foi implementado enfatizando que o cumprimento das metas depende do aprendizado efetivo dos alunos, pragmatismo muitas vezes ignorado nas salas de aulas brasileiras. Alunos que sabem Português: 90%
Alunos que sabem Matemática: 80%
Média do Brasil: 37% (Português) e 33% (Matemática)
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2. Região Sudeste – Rio de Janeiro (RJ)
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2/5 (Reprodução Relatório Excelência com Equidade, da Fundação Lemann e Itaú BBA)
CIEP Glauber Rocha
Ideb (2011) – 8,5
Ideb (2007) – 5 O que a escola fez: Mesmo localizada em área de grande violência urbana, o ambiente do centro de ensino é seguro. De acordo com a diretora, a última ocorrência foi há quatro anos, quando ladrões invadiram a escola para roubar utensílios da cozinha. O sucesso ocorre porque a escola se envolve com a comunidade e a comunidade com a escola. Ter os vizinhos como guardiões é o melhor remédio contra episódios que podem afligir estabelecimentos de ensino em áreas violentas. Alunos que sabem Português: 93%
Alunos que sabem Matemática: 97%
Média do Brasil: 37% (Português) e 33% (Matemática)
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3. Região Norte – Palmas (TO)
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3/5 (Reprodução Relatório Excelência com Equidade, da Fundação Lemann e Itaú BBA)
Escola Municipal Beatriz Rodrigues da Silva
Ideb (2011) – 8
Ideb (2007) – 4,7 O que a escola fez: A unidade se preocupa com estímulos adicionais para os alunos: atividades extracurriculares, como práticas de esporte e leitura, além de atividades para a socialização dos alunos, como festas e apresentações estudantis. Isso ajuda a criar na escola um clima agradável. O resultado: “a gente ama a escola, adora a escola, gosta de estudar! A gente adora a tia Adriana, os professores têm muito carinho”, disse um aluno aos pesquisadores. A criação de um bom clima escolar, ausente em muitas unidades de ensino do país, está ligado a um desempenho superior da classe estudantil. Alunos que sabem Português: 93%
Alunos que sabem Matemática: 92%
Média do Brasil: 37% (Português) e 33% (Matemática)
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4. Região Nordeste – Sobral (CE)
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4/5 (Reprodução Relatório Excelência com Equidade, da Fundação Lemann e Itaú BBA)
Escola CAÍC Raimundo Pimentel Gomes
Ideb (2011) – 8
Ideb (2007) – 5,3 O que a escola fez: Os professores identificam nas turmas os alunos com melhor desempenho em determinada disciplina. Esses vão trabalhar com aqueles que têm pior desempenho, atuando como “monitores” para os que estão com mais dificuldade. De modo geral, o que se vê nessa escola - e nas demais analisadas - é que as ações pedagógicas não são mais pautadas por intuição, mas sim solidamente embasadas em evidências e dados de aprendizagem. Alunos que sabem Português: 81%
Alunos que sabem Matemática: 90%
Média do Brasil: 37% (Português) e 33% (Matemática)
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5. Agora, veja o que mais pode ser feito para fazer o país decolar na Educação
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5/5 (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)