Guarapuava: professor Luis Felipe Manvailer, de 32 anos, foi preso no domingo, 22, sob a suspeita de ter jogado a companheira Tatiane Spitzner, de 29 anos, da sacada do seu apartamento (Foto Studio Cipriano/Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de julho de 2018 às 11h14.
Curitiba - O professor Luis Felipe Manvailer, de 32 anos, foi preso no domingo, 22, sob a suspeita de ter jogado a companheira Tatiane Spitzner, de 29 anos, da sacada do seu apartamento, em Guarapuava, município a 258 quilômetros de Curitiba, no Paraná. A prisão aconteceu após ele se envolver em um acidente na Rodovia BR-277, no sentido de Foz de Iguaçu. A polícia acredita que, após jogar a vítima, Manvailer recolheu o corpo da jovem na calçada e o levou para dentro do imóvel.
"Após dirigir a noite toda de Guarapuava até aqui perdeu o controle do carro parando entre as duas pistas que ligam São Miguel até Foz do Iguaçu. Se fosse uma situação normal ele chamaria o guincho da concessionária e sairia daquela situação, mas no caso, ele continuou a pé no sentido de Foz do Iguaçu", disse o delegado de São Miguel do Iguaçu, Francisco Sampaio.
Segundo a polícia, o suspeito tentava fugir para o Paraguai. "Chama atenção que após o tombo ou empurrar (a vítima), ele foi lá e recolheu o cadáver, trouxe para o prédio, pegou o carro da família e tentou fugir, pensou eu que para o Paraguai. Ele nega o tempo todo (ter jogado), a polícia trabalha com indícios, tanto é que não acreditei na versão dele e enquadrei a atitude dele como feminicídio", disse o delegado.
A discussão entre o casal teria ocorrido na noite de sábado, 21, na comemoração do aniversário de Manvailer, quando a vítima teria pedido para olhar o telefone do namorado. "A partir dali começaram as discussões, seguiram dali pra casa discutindo ainda e em casa, de acordo com ele, a discussão aumentou o tom, ela veio pra cima dele, que a imobilizou no sofá, e de acordo com ele, ela tomou o rumo da sacada e teria se atirado de repente", relatou Sampaio.
O delegado, porém, não acredita na versão dada pelo professor. "Essa versão não me parece nem um pouco verossímil, até porque alguns vizinhos foram ouvidos já, no sentido que ela gritava por socorro por várias vezes, inclusive quando foi até a sacada", concluiu Sampaio.