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Produtor sabe que conservação é fundamental, diz Tereza Cristina

A ministra Tereza Cristina disse que "agronegócio bom é o agronegócio que preserva", e que o Brasil já tem bons exemplos na política ambiental

Tereza Cristina: o agronegócio e o meio ambiente não podem andar dissociados (Romério Cunha/VPR/Divulgação)

Tereza Cristina: o agronegócio e o meio ambiente não podem andar dissociados (Romério Cunha/VPR/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2020 às 13h41.

Última atualização em 17 de setembro de 2020 às 15h12.

Em meio às queimadas no Pantanal e na Amazônia e as críticas internacionais contra o Brasil, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o agronegócio e o meio ambiente não podem andar dissociados. Em evento, a ministra defendeu que "agronegócio bom é o agronegócio que preserva". 

"O produtor sabe que conservação é fundamental para seu negócio", acrescentou, ao participar na manhã desta quinta-feira, 17, do Estadão Live Talks, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo com a Tendências Consultoria.

Ao comentar sobre uma carta em que 230 ONGs e empresas enviaram nesta semana ao governo com seis propostas para aprimorar a política ambiental, Tereza Cristina disse "ficar feliz" em ver essa convergência entre agronegócio e ambientalistas. "Mas essa convergência tem de ser real", disse.

Estão no grupo que assina a lista de propostas enviada ao governo empresas como JBS, Klabin, Marfrig, Natura e Unilever, além de ONGs como WWF Brasil, TNC, Imazon e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

A ministra e vários outros membros do governo, como o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, têm pedido à iniciativa privada que participe investindo mais recursos na preservação da Amazônia. De todo modo, Tereza Cristina disse que considerou o documento "bom para ser analisado e refletido". 

Quanto à legislação ambiental, Tereza Cristina disse que o país "tem bons exemplos" no tema, como o Código Florestal, que trouxe "bom senso e equilíbrio". "Agora, temos de ter a obrigação de cumprir a lei; isso é fundamental para o agronegócio", disse. "Já os malfeitos temos de corrigir; todo mundo tem."

Em entrevista à EXAME em julho, antes de os incêndios aumentarem no Pantanal, a ministra falou sobre a situação da Amazônia e disse que o aumento do desmatamento era "inegável". "Realmente, o desmatamento aumentou. Isso já está posto e é inegável. Há muito o que ser feito para reverter essa situação. Sou uma defensora do meio ambiente", disse na ocasião. 

Dados do Inpe mostram que os incêndios do Pantanal em setembro já são os piores da história para o período, mesmo com o mês ainda na metade. Alguns dos danos e perdas na biodiversidade podem ser irreversíveis.

O governo brasileiro também recebeu nesta semana uma carta de oito países europeus cobrando medidas contra as queimadas e o desmatamento. Sobre a carta, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que a cobrança é resultado de “interesses comerciais” dos europeus.

(Com Estadão Conteúdo)

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