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Produção de vacina da gripe no Butantan está parada

Funcionários estão paralisados em apoio ao ex-diretor Jorge Kalil, exonerado pelo governo do Estado após denúncias de irregularidades

Butantan: a paralisação não tem hora para acabar (Wikimedia Commons)

Butantan: a paralisação não tem hora para acabar (Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 13h57.

São Paulo - A fábrica de vacina da gripe do Instituto Butantan está parada. Funcionários da fábrica resolveram cruzar os braços nesta sexta-feira, dia 24, em apoio ao ex-diretor Jorge Kalil, exonerado pelo governo do Estado após denúncias de irregularidades na sua gestão.

Os funcionários - cerca de 200 pessoas - deram um abraço simbólico na fábrica pela manhã, e fizeram uma manifestação em frente à Secretaria de Estado da Saúde. A paralisação não tem hora para acabar.

"Enquanto for necessário, a fábrica ficará parada", disse um funcionário à reportagem, em condição de anonimato. Uma negociação está em curso com a diretoria do instituto e a Secretaria da Saúde.

O grupo pede a manutenção de Kalil como diretor e "a apuração de todas as irregularidades, se de fato houver alguma", disse o funcionário. A produção é de aproximadamente 270 mil doses de vacina por dia.

Kalil nega qualquer irregularidade e diz ser vítima de inveja e de uma disputa de poder. Pesquisadores do instituto também protestaram em seu favor na quinta-feira, 23. Internamente, o afastamento de Kalil é visto como uma interferência política na instituição.

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