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Procuradoria move ação contra estagiário da Caixa que desviou R$ 468 mil

Segundo a ação, para viabilizar a transação, eram falsificados contracheques; estudante ainda usava a senha de superiores para autorizar o envio de dinheiro

Caixa: o estudante oferecia a familiares e a amigos a possibilidade de empréstimos de valores maiores que o permitido, afirma a Procuradoria (Nadia Sussman/Getty Images)

Caixa: o estudante oferecia a familiares e a amigos a possibilidade de empréstimos de valores maiores que o permitido, afirma a Procuradoria (Nadia Sussman/Getty Images)

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Clara Cerioni

Publicado em 14 de setembro de 2019 às 11h07.

Última atualização em 14 de setembro de 2019 às 11h08.

Porto Velho — A Procuradoria entrou com ação de improbidade administrativa contra um estudante, estagiário da Caixa em Roraima, por supostas fraudes na concessão de empréstimos para familiares que somados, chegam a R$ 468 mil.

Além da condenação do estagiário, o Ministério Público Federal pede o bloqueio de bens dele de outros acusados para garantir o ressarcimento ao erário.

"Para viabilizar a transação, eram falsificados contracheques para aumentar a renda de solicitantes", diz a ação. O estudante ainda usava a senha de superiores para autorizar a transação.

"Após a concessão do empréstimo, os valores eram sacados pelos requeridos, cujo montante jamais fora quitado perante a instituição financeira. Os requeridos, em nenhum momento, cogitaram fazer qualquer tipo de pagamento à Caixa, o que demonstra, de forma inequívoca, o intuito dos agentes em se apropriar indevidamente do dinheiro público", descreve a ação.

O estudante oferecia a familiares e a amigos a possibilidade de empréstimos de valores maiores que o permitido, afirma a Procuradoria.

Algumas transações chegavam a R$ 55 mil, e parte do valor ficava com o estagiário. As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal.

A acusação cita também dois funcionários da Caixa cujas senhas foram utilizadas pelo estagiário. Os dois não se beneficiaram dos repasses, mas 'agiram de forma temerária ao permitir que o estudante tivesse acesso aos sistemas do banco que são de uso exclusivo dos servidores'.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do banco. O espaço está aberto para posicionamento.

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