Brasil

Procuradoria da União pede bloqueio de bens da Odebrecht e OAS

O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, e do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro também tiveram os bens bloqueados

Bens: os advogados da União argumentam que os grupos OAS e Odebrecht possuíam "papel fundamental na estrutura do cartel de empresas" (REUTERS/Rodrigo Paiva)

Bens: os advogados da União argumentam que os grupos OAS e Odebrecht possuíam "papel fundamental na estrutura do cartel de empresas" (REUTERS/Rodrigo Paiva)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 16h30.

Brasília - A Procuradoria da União no Estado do Paraná pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o bloqueio de bens das construtoras Odebrecht, OAS, do ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, e do ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro.

"Há contexto forte de provas já produzidas (...) e de indícios que ainda serão apurados de que referidos réus integraram o esquema criminoso revelado pela Operação Lava Jato, possuindo especial função nos crimes e atos de improbidade", diz a petição apresentada pela Procuradoria da União.

Os advogados da União argumentam que os grupos OAS e Odebrecht possuíam "papel fundamental na estrutura do cartel de empresas formado para dominar o mercado de grandes obras demandadas pela Petrobras", atuando para eliminar diretamente a concorrência e fraudar contratos.

Na petição, a Procuradoria da União no Estado do Paraná também diz que não devem restar dúvidas "acerca da existência de robustos elementos indiciários e probatórios que atestam a participação de Renato de Souza Duque no esquema criminoso".

A Procuradoria da União no Estado do Paraná pediu ainda que o Ministério Público Federal e a Petrobras se manifestem sobre o caso.

Desbloqueio

Em setembro, o ministro do STF Marco Aurélio concedeu liminares (provisórias) à Construtora OAS e à Odebrecht, suspendendo a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou a indisponibilidade dos bens das empreiteiras no valor de até R$ 2,1 bilhões referentes a contratos da Refinaria Abreu e Lima.

Marco Aurélio Mello já alegou entender que o TCU, sendo um órgão administrativo, não tem poder para determinar o bloqueio de bens de particulares.

Conforme informou nesta quinta-feira o jornal O Estado de S. Paulo, o acordo de delação premiada em negociação entre a Odebrecht e a Procuradoria-Geral da República (PGR) prevê que, de todos os executivos do grupo, apenas o herdeiro e ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht passará um período na prisão. No caso dos 53 delatores em tratativas com a Operação Lava Jato, as penas em regime fechado poderão ser cumpridas em casa, com progressões graduais já estabelecidas.

Acompanhe tudo sobre:Novonor (ex-Odebrecht)OASOperação Lava Jato

Mais de Brasil

Veja como vai funcionar novo programa de perícias do INSS para diminuir fila

Relator da maior aposta de Lula, Lira diz que seria 'honraria' ocupar cargo de vice de Bolsonaro

Reajuste dos servidores: veja data e como será pagamento retroativo

Decreto de Trump afeta Erika Hilton, e visto de deputada é recebido no gênero masculino