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Procon-SP: juro de empréstimo e cheque sobe em abril

Taxa média de juros subiu 0,07 pontos percentuais na cidade de São Paulo e atingiu o maior patamar desde junho de 2009

Segundo o Procon-SP, a Caixa tem a menor taxa de juros (Lia Lubambo/EXAME)

Segundo o Procon-SP, a Caixa tem a menor taxa de juros (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 12h53.

São Paulo - As taxas médias de juros para empréstimo pessoal subiram em abril em quatro dos sete bancos avaliados pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), enquanto as taxas de cheque especial subiram em três. Os dados fazem parte de pesquisa divulgada hoje pela entidade. A taxa média de juros do empréstimo pessoal subiu de 5,42% ao mês em março para 5,49% ao mês em abril (alta de 0,07 ponto porcentual). Com o avanço, a taxa alcançou o maior nível desde junho de 2009, quando registrava 5,52% ao mês.

De acordo com a pesquisa, foram verificadas altas nas taxas de empréstimo pessoal do Banco do Brasil (de 5,28% para 5,48% ao mês), da Caixa Econômica Federal (de 4,78% para 4,95% ao mês), do Itaú (de 6,30% para 6,38% ao mês) e do Bradesco (de 6,04% para 6,08% ao mês). Os demais bancos não mudaram suas taxas de empréstimo pessoal. A pesquisa também mostra que, no período analisado, a menor taxa foi verificada no HSBC (4,5% ao mês), enquanto a maior taxa foi a do Itaú (6,38% ao mês).

Já a taxa média de juros do cheque especial passou de 9,31% ao mês em março para 9,35% ao mês em abril (alta de 0,04 ponto porcentual). Esta é a maior taxa desde junho de 2003, quando o valor era de 9,43%, segundo o levantamento.

Dos sete bancos analisados pelo Procon-SP, houve aumento na taxas do cheque especial do Banco do Brasil (de 8,15% para 8,27% ao mês), do Itaú (de 8,85% para 8,96% ao mês) e do Bradesco (de 8,79% para 8,83% ao mês). Os demais bancos não mudaram suas taxas no período. A menor taxa foi encontrada na Caixa Econômica Federal (7,31% ao mês) e a maior, no Safra (12,3% ao mês).

Análise

A pesquisa relaciona a escalada das taxas de juros à medidas adotadas pelo Banco Central (BC) para combater a inflação, como o aumento da Selic (a taxa básica de juros da economia). O Procon-SP também cita o forte crescimento econômico do País, induzido pelo crescimento da massa salarial e pelo baixo nível de desemprego, que tem elevado os preços dos serviços. A entidade lembra que esses fatores refletem no mercado financeiro, com impacto sobre as taxas de juros.

O Procon-SP ainda observa que essa alta nas taxas "parece não ter afetado as decisões de consumo e a consequente demanda por crédito", já que tem crescido a "busca por linhas mais caras, como cheque especial e cartão de crédito." Por fim, o Procon-SP alerta o consumidor sobre a alta das taxas de juros e diz que "empréstimos só devem ser tomados em caso de necessidade".

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