MICHEL TEMER: o recesso dá chance de o governo articular uma pauta para o PIB, enfim, sair do buraco / Ueslei Marcelino/ Reuters
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2016 às 06h47.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.
A semana, para variar, começa quente em Brasília. O principal acontecimento será já nesta segunda-feira, quando a Comissão Especial do Impeachment no Senado será instalada. Com isso, passará a valer o prazo de até dez sessões para que os 21 senadores elaborem um relatório sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Depois, o assunto será votado no plenário da Casa, e precisará de 41 votos para que o processo tenha continuidade no Senado. Se isso ocorrer, Dilma ficará afastada por 180 dias e o vice-presidente, Michel Temer, assumirá a presidência. Segundo placar da revista Veja, 47 senadores são a favor do impedimento de Dilma Rousseff, 20 são contrários e 14 estão indecisos ou não responderam. No momento, portanto, sobram votos para afastar a presidente.
Exatamente por isso a semana será marcada por novas conversas de Temer com possíveis ministros. Nos próximos dias, ele deve conversar com Murilo Portugal, presidente da Febraban, e Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central. No fim de semana, Temer se reuniu, entre outros, com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com o senador tucano José Serra e com o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Serra, Meirelles e Portugal são cotados para a Fazenda, junto com o economista Paulo Rabello de Castro. Novos nomes devem ganhar e perder força ao longo da semana. Mas nada deve ser anunciado antes da decisão do Senado.