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"Problema do governo é do governo", diz Skaf sobre delações

Candidato ao governo de SP em 2014, Skaf teria pedido R$ 6 milhões em doação da Odebrecht para a campanha, segundo Marcelo Odebrecht

Paulo Skaf: "Temos nos adaptar a isso [quarta revolução industrial] e ter que dar oportunidade de empregos aos jovens em novas profissões que sequer são conhecidas" (Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

Paulo Skaf: "Temos nos adaptar a isso [quarta revolução industrial] e ter que dar oportunidade de empregos aos jovens em novas profissões que sequer são conhecidas" (Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de março de 2017 às 16h55.

Última atualização em 4 de março de 2017 às 23h15.

São Paulo - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, não quis comentar a citação de seu nome no depoimento de Marcelo Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta semana.

Em visita a uma unidade do Senai no bairro Santo Amaro, na capital Paulista, Skaf disse neste sábado (4) a jornalistas que os impactos políticos causados pelas delações e denúncias de irregularidades em campanhas de 2014 não devem superar a busca pelo crescimento econômico.

"Problema do governo é do governo, cada um com seus problemas. A minha preocupação é ajudar para que o País retome o crescimento econômico", disse Skaf, quando perguntado sobre os fatos divulgados nesta semana com os depoimentos de delatores à Justiça Eleitoral no processo que julga a chapa Dilma-Temer.

Filiado ao PMDB e candidato ao governo do Estado em 2014, Skaf teria pedido R$ 6 milhões em doação da Odebrecht para a campanha, segundo Marcelo Odebrecht falou ao TSE. O dinheiro teria sido acertado como parte da doação de R$ 10 milhões acordada entre a empresa e o PMDB, presidido na época pelo então candidato a vice-presidente Michel Temer.

Durante a semana, Skaf divulgou uma nota dizendo que todas as doações recebidas pela campanha ao governo de São Paulo estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral e que nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as regularmente declaradas.

Skaf, que se encontra constantemente com Temer quando o presidente está em São Paulo, afirmou hoje (4) que não conversou com o presidente sobre os fatos divulgados nesta semana. "Não conversei sobre os fatos desta semana. Aliás, todas as semanas têm fatos, então na verdade não vejo assim grandes novidades", disse.

Os fatos narrados por Odebrecht complementam informações de delações premiadas de executivos e ex-executivas da empresa no âmbito da Operação Lava Jato. "Esperamos que a Lava Jato ou qualquer outra operação cumpra seu papel principal, que é punir aqueles que merecem, que deram motivo, que são criminosos, sejam corruptos ou corruptores", disse Skaf.

O presidente da Fiesp afirmou que espera que o mundo político encontre seu "caminho" no desenrolar deste ano, permitindo a retomada do crescimento na economia. "Não devemos ficar por conta só de assistir questões políticas e esquecer da economia e do emprego."

Sobre uma eventual candidatura em 2018, o peemedebista se reservou a falar que não está pensando nisso agora e que vai deixar essa discussão para o próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:Marcelo OdebrechtMDB – Movimento Democrático BrasileiroNovonor (ex-Odebrecht)

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