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Prisões são advertência para empreiteiras, afirma juiz

O juiz Sérgio Moro disse que a prisão dos executivos das empreiteiras investigadas na Lava Jato é uma advertência para mudar a forma de fazer negócios


	Operação Lava Jato: no entendimento do juiz, sem a prisão dos acusados não há como afastar o risco de repetição dos crimes
 (Divulgação / Polícia Federal)

Operação Lava Jato: no entendimento do juiz, sem a prisão dos acusados não há como afastar o risco de repetição dos crimes (Divulgação / Polícia Federal)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 15h59.

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato, disse hoje (28) que a prisão dos executivos das empreiteiras investigadas é uma advertência para mudar a forma de fazer negócios com a administração pública.

Moro também reafirmou que a prisão cautelar dos acusados tem objetivo de "prevenir a continuidade do ciclo delituoso" na Petrobras.

As declarações de Moro estão em uma manifestação enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que vai julgar o mérito dos habeas corpus de quatro presos ligados à OAS.

No início deste mês, o ministro Newton Trisotto negou pedidos de liberdade de José Adelmário Filho, presidente da OAS, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional, de José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho, funcionários da empreiteira.

No entendimento do juiz, sem a prisão dos acusados não há como afastar o risco de repetição dos crimes.

"A prisão cautelar do paciente [investigado] se impõe, lamentavelmente, para prevenir a continuidade do ciclo delituoso, alertando não só a ele, mas também à empresa das consequências da prática de crimes no âmbito de seus negócios com a administração pública. Necessário, infelizmente, advertir com o remédio amargo as empreiteiras de que essa forma de fazer negócios com a administração pública não é mais aceitável - nunca foi, na expectativa de que abandonem tais práticas criminosas", disse Moro.

Além de executivos das OAS, estão presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba diretores e funcionários da  Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Camargo Correa e UTC Engenharia.

De acordo com depoimentos de delação premiada, as empresas são acusadas de formação de cartel em contratos com a Petrobras.

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