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Prisão de Loures não abala governo, diz Moreira Franco

Para o ministro, é um erro judicializar a política e politizar o judicial

Ministro Moreira Franco: segundo ele, o governo não está abalado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ministro Moreira Franco: segundo ele, o governo não está abalado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de junho de 2017 às 15h42.

Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, disse neste sábado que a prisão do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures(PMDB-PR) não abala o governo Michel Temer. "É um erro judicializar a política e politizar o judicial. Cada um na sua esfera", afirmou o ministro ao Estado.

"Nós estamos empenhados em trabalhar pela saúde das instituições". Ao ser questionado sobre a ameaça do PSDB de deixar o governo, Moreira Franco disse que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, já havia respondido à questão "com muita cultura e graça".

Nesta sexta-feira, 2, em Washington, o chanceler tucano lembrou o clássico do escritor francês Gustave Flaubert para defender a lealdade de seu partido ao governo Temer. "O PSDB não é madame Bovary", afirmou Aloysio, numa referência à personagem do século 19 que trai um marido insosso e, acossada por dívidas, tem um fim trágico.

A Polícia Federal informou que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi preso na manhã deste sábado, em Brasília, por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Lava Jato. Rocha Loures é ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB).

Rocha Loures e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram gravados pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, em negociação de pagamento de propina. Depois, ambos foram alvo de ações controladas pela Procuradoria-Geral da República. Em um dos vídeos gravados pela Polícia Federal, Rocha Loures aparece correndo com uma mala com R$ 500 mil.

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