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Prisão de Léo Pinheiro não tem relação com delação, diz Moro

O empreiteiro foi preso hoje, pela segunda vez na Lava Jato, em São Paulo, e transferido para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba


	Moro: no despacho, o juiz também explicou que o pedido de prisão de Léo Pinheiro foi feito em março e que demorou para tomar a decisão para aguardar o andamento das investigações
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Fotos Públicas)

Moro: no despacho, o juiz também explicou que o pedido de prisão de Léo Pinheiro foi feito em março e que demorou para tomar a decisão para aguardar o andamento das investigações (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 20h52.

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, disse hoje (5) que a nova prisão do ex-presidente da construtora OAS, Leo Pinheiro, não tem relação com a suspensão das negociações do acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.

Na decisão em que autorizou a medida, Moro afirmou que a prisão “nada afeta essa questão e eventual retomada da negociação”. O empreiteiro foi preso hoje, pela segunda vez na Lava Jato, em São Paulo, e transferido para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

No despacho, Moro também explicou que o pedido de prisão de Léo Pinheiro foi feito em março e que demorou para tomar a decisão para aguardar o andamento das investigações.

No processo em que a prisão foi cumprida, Pinheiro responde pelo crime de corrupção, pela suspeita de pagar propina ao ex-senador Gim Argello para barrar as investigações da extinta CPI da Petrobras.

“No evoluir da instrução, porém, surgiram elementos, em cognição sumária, no sentido da ocorrência de crime de corrupção passiva e ativa, como os já apontados, tornando mais evidente o risco à regular apuração das responsabilidades do acusado”, justificou o juiz.

O empreiteiro também responde pela suposta participação do esquema de cartel de empreiteiras na Petrobras e por, supostamente, beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex e do sítio em Atibaia.

Delação

No mês passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) suspendeu a negociação para que o acordo de delação premiada fosse fechado com Léo Pinheiro e executivos da empreiteira. A medida foi tomada pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, após reportagem da Revista Veja, que informou sobre uma suposta citação ao ministro do STF Dias Toffoli.

Após a divulgação da publicação, Janot afirmou que a citação jamais existiu. Segundo o procurador, existe uma “pressão externa” para forçar a aceitação do acordo.

Além do mandado de prisão, Léo Pinheiro foi alvo nesta segunda-feira de um mandado de condução coercitiva na Operação Greenfield, que investiga fraudes em fundos de pensão.

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