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Prioridade do PSD é candidatura própria para 2022, diz Kassab

Entre os eventuais nomes para disputar a eleição pelo seu partido, Kassab citou Antonio Anastasia, Fábio Trad, Alexandre Kalil e Ratinho Júnior

O ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab durante a solenidade de entrega da Ordem Nacional do Mérito Científico. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab durante a solenidade de entrega da Ordem Nacional do Mérito Científico. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de dezembro de 2020 às 08h03.

Última atualização em 7 de dezembro de 2020 às 09h26.

O presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, afirmou que a prioridade de sua legenda é estabelecer candidatura própria para as eleições presidenciais de 2022. "O PSD se consolidou como partido de centro e hoje é um grande partido com importantes quadros. Então, não pode (o partido) ter outra prioridade a não ser candidatura própria à presidência", disse Kassab, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, transmitido na noite do domingo, 6. Entre os eventuais nomes para disputar a eleição pelo seu partido, Kassab citou o senador Antonio Anastasia (MG), o governador do Paraná, Ratinho Júnior, o deputado federal Fábio Trad (MS) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

Ele também disse acreditar que tende a não surgir um novo nome entre os eventuais pré-candidatos considerados pelas pesquisas eleitorais. São eles: Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, Ciro Gomes, Fernando Haddad, Luciano Huck, Guilherme Boulos, João Doria e João Amoedo. "O quadro está mais ou menos definido. Dificilmente surgirá algum nome diferente", apontou.

Quando questionado, sobre um eventual apoio do PSD ao ex-ministro Sérgio Moro ou ao apresentador Luciano Huck, Kassab voltou a defender a ideia de lançar candidatura própria "entre esses nomes".

Na sua análise, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua como favorito à reeleição. "Ele tem eleitor ideologicamente afinado com ele, realizações do governo e o eleitor que rejeita a esquerda, mas tem dois anos pela frente que não pode escorregar", analisou.

Sobre a possibilidade de o presidente migrar para o PSD, Kassab argumentou que Bolsonaro é um político de direita e o PSD de centro. "Não podemos mudar isso. Podemos até apoiar um candidato de direita, de centro-direita, de centro-esquerda, mas jamais podemos ter a cara de um partido de direita. A vinda dele (Bolsonaro) desbalançaria esse equilíbrio interno que há no partido", alegou.

Ainda sobre Bolsonaro, Kassab disse que a derrota eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, serve como um recado para avaliação do presidente brasileiro. "A derrota do Trump está totalmente vinculada ao desastre da conduta dele na gestão da pandemia (da covid-19). Isso serve para Bolsonaro avaliar bem, porque até então estava alinhado em um política de comunicação incoerente com a realidade", afirmou mencionando o fato de o presidente ter comparado a doença a uma "gripezinha".

Kassab também criticou a "politização" da vacina contra a covid-19. "Não nos leva a lugar algum. Não é possível que se faça política com algo tão grave. Espero que o Brasil possa começar a vacinação nas próximas semanas, assim como outros países", sinalizou.

Ao comentar as eleições presidenciais de 2022, Kassab também citou Ciro Gomes (PDT) como um "candidato fortíssimo" e disse que a união entre PDT e PSB já está consolidada. "Ciro Gomes já se considera candidato de dois partidos. Não é pouca coisa e tenho certeza que será um grande nome", pontuou.

Quanto à esquerda, Kassab considera que a frente deve ter pelo menos dois candidatos, elencando como eventuais concorrentes do pleito Guilherme Boulos (PSOL), algum nome indicado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e Ciro Gomes (PDT).

Ele também disse ver o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fortalecido para o pleito.

Para Kassab, as eleições municipais de 2020 sinalizaram que o "eleitor continua preferindo propostas moderadas". "O eleitor brasileiro sempre se posicionou a favor de candidatos moderados, equilibrados, de candidaturas de centro", avaliou.

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